Num dos trabalhos analisados, grupos de eleitores foram expostos a quatro filmes produzidos com base nas mais prováveis acusações que cada candidato fará contra o seu oponente no horário eleitoral da TV. Dois dos filmes focavam em pontos fracos de Lula frequentemente citados por eleitores em pesquisas qualitativas: os casos de corrupção envolvendo o PT e a proximidade do partido com governos de esquerda, exemplificada pelos empréstimos feitos nas gestões petistas a países como Cuba e Venezuela. Os outros dois vídeos miravam as principais vulnerabilidades de Bolsonaro, também segundo apontam mais frequentemente os eleitores: o comportamento do presidente na pandemia de coronavírus e o seu papel na crise econômica por que passa o país. No caso do filme "contra Lula", as cenas que mais suscitaram críticas e sentimentos negativos em relação ao petista foram: a que mostrou o ex-presidente como réu na Lava Jato, em audiência diante do ex-juiz Sergio Moro; e a em que o locutor dizia que o PT emprestou para a Venezuela "dinheiro que poderia ter investido no Brasil". No filme "contra Bolsonaro", as imagens que mais provocaram reações contrárias ao presidente foram: a cena em que o ex-capitão imita um paciente de covid-19 com falta de ar, depois de dizer que "todos vamos morrer"; e a em que, no cercadinho do Palácio da Alvorada, ele diz a um admirador: "Chefe, o Brasil tá quebrado, chefe. Eu não consigo fazer nada." |