Pesquisas eleitorais são unânimes em atestar que o eleitorado feminino é o ponto fraco do presidente Jair Bolsonaro (PL) nestas eleições. Na outra ponta, como era de se esperar num pleito polarizado, o voto feminino é hoje um dos pontos fortes do ex-presidente Lula. Segundo o último Datafolha, o petista tem 49% das intenções de voto neste segmento contra 21% de Bolsonaro. Ocorre que, até a sua reeleição, em 2006, Lula era largamente mais votado por homens do que por mulheres. A partir daquele ano, o cenário mudou. Segundo estudo (*) feito pelo cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, a vantagem numérica dos eleitores petistas sobre as eleitoras do partido já era dois terços menor quando Dilma Roussef foi eleita em 2010. Em 2018, quando o candidato do PT era Fernando Haddad, o sinal se inverteu e, pela primeira vez, o eleitorado feminino da sigla superou o masculino, por 2 pontos. Agora, em 2022, novamente com Lula candidato, as mulheres já estão 11 pontos à frente dos homens entre os eleitores do PT. (*) A partir de dados do padrão de votação do eleitorado nos segmentos de gênero, renda familiar e região, o estudo comparou o tamanho da vantagem histórica que os candidatos do PT obtiveram nas pesquisas Ibope de 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018 e na pesquisa Genial/Quaest (2022) neste momento da campanha. PUBLICIDADE | | |