Se a eleição fosse hoje, o presidente Jair Bolsonaro teria menos de 36% de chances de vencê-la.

Essa porcentagem é fruto da aplicação do "índice de reeleição” desenvolvido pelo instituto Ideia ao resultado da pesquisa Ipec divulgada ontem que aponta ser de 31% a aprovação do governo Bolsonaro.

Para chegar ao índice de reeleição, o Ideia analisou os dados de avaliação dos últimos presidentes do Brasil e de 95 governadores, reeleitos e não reeleitos, colhidos em centenas de pesquisas feitas desde 1998 até 2018.

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Com base na mediana das avaliações dos governantes e no resultado de suas tentativas de reeleição, o estudo do Ideia — apresentado há duas semanas a um grupo restrito de integrantes do mercado financeiro— indicou que uma avaliação positiva em torno de 40% seria a "nota de corte" que separa governantes reeleitos de não reeleitos.

De acordo com o estudo, 77% dos governantes que apresentaram uma mediana de aprovação acima de 40%, e até 60%, conseguiram se eleger; e 100% dos que apresentaram entre 60% e 80% de aprovação saíram vitoriosos do pleito.

Já entre os governantes que ficaram abaixo dessa nota de corte de aprovação, com até 20%, apenas 11% conseguiram se reeleger. Dos que apresentaram entre 20% e 40% de aprovação — a faixa em que se encontra Bolsonaro hoje, segundo o Ipec— apenas 36% conseguiram se reeleger.

De todos os presidentes que se lançaram à reeleição no Brasil desde 1998, Jair Bolsonaro é o pior avaliado.

Caso saia derrotado, será o primeiro mandatário da história do país que tentou e não conseguiu obter um segundo mandato.

ALCKMIN, ENTRE O “CIÚME" E O RESSENTIMENTO

“Eu tô até com ciúmes do Alckmin. Você tem que ver que sujeito esperto e habilidoso! Ele fez o discurso no dia 7 de maio, quando foi apresentado oficialmente ao PT, e ele foi aplaudido de pé. O Alckmin já foi aceito pelo PT de corpo e alma”

do ex-presidente Lula na entrevista ao Jornal Nacional, respondendo à pergunta do apresentador William Bonner sobre o que ele diria à militância do PT que "ainda se recusa a aceitar Alckmin depois das acusações pesadas que os senhores trocaram ao longo dos anos na política"

“Alckmin fez gesto magnânimo? Magnânimo só se for para ele. Para você fazer uma mudança de rota dessa dimensão na sua trajetória política, você precisa de tempo. O Alckmin simplesmente virou a chave da noite para o dia. Mas ficou um passivo. A história vai cobrar dele esse comportamento”

de um integrante da cúpula do PSDB mostrando todo o seu ressentimento em relação a Geraldo Alckmin (PSB) ao ser perguntado por uma repórter se não achava que o ex-tucano havia feito um “gesto magnânimo” em prol da democracia ao aceitar ser vice na chapa do seu ex-adversário, Lula (PT)