A estimativa do teto de Bolsonaro se baseia em dois modelos de cálculo usados por pesquisadores. O primeiro diz que o teto de um candidato equivale ao complemento da sua rejeição. Em outras palavras: se 55% dos eleitores dizem não votar em Bolsonaro de jeito nenhum (a taxa de rejeição do presidente segundo a última pesquisa BTG/FSB), isso significa que, tirando esses eleitores, os brasileiros que podem dar seu voto ao ex-capitão somam, no máximo, 45% — seu teto. A segunda forma de estimar o teto de um candidato é com base nas intenções de voto que ele consegue colher nas simulações de segundo turno. Na simulação da pesquisa BTG/FSB, Bolsonaro aparece com 40% das intenções de voto quando confrontado com o ex-presidente Lula (53%) numa hipotética segunda rodada. Essa porcentagem, 40%, indicaria, portanto, o máximo de pessoas capazes de, em diferentes circunstâncias, dar seu voto ao atual presidente. Ou seja, representariam o máximo de eleitores potenciais de Bolsonaro — seu teto de acordo com o segundo modelo de cálculo. |