Curitiba: priorizar investimentos em educação foi a opção certa
Quando assumimos a Prefeitura de Curitiba, em janeiro de 2013, fizemos a opção de concentrar os investimentos na educação. Não que tenhamos descuidado de outras áreas, mas nossa prioridade sempre foi garantir um futuro para as pessoas, dar condições para que possam depender cada vez menos das “benesses” do Estado.
Agora, posso afirmar com segurança que nossa opção foi acertada. Curitiba tem hoje a melhor educação pública do país. O Índice de Educação do Ensino Básico (Ideb) 2016, recém-divulgado pelo Ministério da Educação, coloca a capital paranaense na mais alta posição entre as capitais. Em 2011, o índice de Curitiba era 5,8. Em 2013, subimos para 5,9. Este ano, saltamos para 6,3, assim ultrapassando Florianópolis, que até então liderava o ranking.
Além do esforço dos nossos profissionais, tal resultado foi possível graças à soma de uma série de iniciativas. Pela primeira vez na história, Curitiba está investindo 30% do seu orçamento em educação. Os planos de carreira (o de magistério e o da educação infantil) corrigiram distorções históricas e deram combustível para o nosso time.
O Projeto Equidade fez com que cada aluno tivesse seu desempenho acompanhado de perto. Em pouco mais de um ano, o projeto baixou a evasão escolar, a reprovação e também melhorou o desempenho dos estudantes.
Reformamos escolas e creches e ampliamos vagas –em quatro anos, serão mais de 10 mil. Isso é mais do que a soma dos oito anos da gestão que nos antecedeu. Além disso, Curitiba foi a primeira cidade do país a acatar a legislação e zerar a demanda para crianças de 4 e 5 anos.
Não bastasse isso tudo, nossa cidade ainda é campeã nacional de atendimento em período integral. Mais de 86% das nossas crianças de 0 a 5 anos que são atendidas pela rede pública permanecem o dia todo nas creches e escolas.
Importante lembrar que conseguimos fazer isso tudo em meio à maior crise econômica e política já atravessada pelo Brasil. Todos os prefeitos brasileiros sabem do que estou falando, uma vez que repasses do governo federal foram cortados.
Cada vez mais, é preciso ter um diálogo transparente com a população. Os que pretendem governar um município não podem mais tentar vender terreno na lua. As demandas por serviços públicos nas cidades só crescem, e em nenhum lugar do mundo as prefeituras assumem tanta responsabilidade como no Brasil. Assim sendo, a revisão do pacto federativo não só é urgente como é um dos grandes desafios do governo Temer.
Fui o prefeito que rompeu com a hegemonia política de um grupo que se manteve governando Curitiba por 20 anos, e assumimos a gestão com uma dívida de R$ 570 milhões. O contingenciamento de despesas gerou uma economia superior a R$ 1 bilhão, sendo que, apesar da crise, não vivemos uma situação caótica em Curitiba, e conseguimos manter e ampliar serviços.
Somos a única capital cuja maior parte da receita é de fonte própria (55% é do município e 45% é de repasses). Investimos em infraestrutura mais do que qualquer outra gestão e invertemos a prioridade do orçamento, ou seja, em vez de obras suntuosas, fortalecemos investimentos sociais. Hoje, 60% do orçamento vai para educação (30%), saúde (21%) e assistência social (9%).
Terminamos essa gestão tendo Curitiba como referência em inovação. Desde 2013, recebemos mais de 30 prêmios, como o de melhor cidade do Brasil –prêmio reconhecido pela agência classificadora Austin Rating– e também o 1º lugar em governança e em urbanismo no Connected Smart Cities 2016.
A atual gestão sedimentou as bases para implementar o que se chama de “cidade inteligente”. Curitiba precisa de um transporte de alta capacidade e, por isso, mantivemos o projeto do metrô –que espera a confirmação de recursos do governo federal– e abrimos edital para a implantação de até quatro linhas de Veículo Leve sobre Trilho (VLT) ou de Veículo Leve sobre Pneu (VLP).
Em nosso período de governo, não ocorreu nenhum caso de corrupção ou de desvio de conduta. Sei que isso deveria ser regra, mas virou exceção. Curitiba é um exemplo inspirador e por isso estou nesta campanha com o desejo de fazer a cidade seguir em frente.
N.R.: O UOL convidou para escrever artigos os candidatos à Prefeitura de Curitiba mais bem posicionados na pesquisa Ibope de 19 de setembro: Rafael Greca (PMN), Gustavo Fruet (PDT) e Requião Filho (PMDB)
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