OPINIÃO
O PSDB está mais vivo que nunca
Marconi Perillo
Presidente nacional do PSDB
03/04/2024 04h00
Diz um ditado popular que não se chuta cachorro morto. Com seu artigo de opinião sob o título "O PSDB morreu e ainda não sabe", o colunista do UOL Josias de Souza mira no que viu e acerta no que não viu. O PSDB está mais vivo do que nunca, e o artigo de Josias e a profusão de ataques que o partido vem sofrendo diariamente na imprensa são a maior prova disso.
Claro que respeitamos a opinião de Josias de Souza, um dos mais qualificados articulistas do Brasil, dono de texto impecável, de uma invejável cultura e de uma rebuscada qualidade de análise do cenário político brasileiro. O PSDB nasceu para defender a democracia, e democracia se faz acima de tudo com respeito às divergências e às opiniões contrárias. Imprensa livre é outro dos pilares fundamentais de uma sociedade democrática. Mas não poderíamos deixar de apresentar prova de vida contra a falsa acusação de nossa morte.
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É natural que a imprensa olhe São Paulo, ou São Paulo e Rio, e enxergue o Brasil. A bolha da chamada "grande imprensa" tem sede nesses dois estados. Mas o Brasil, isso o PSDB sabe desde que nasceu, é muito mais que isso. "Longe das benesses do poder, mas perto do pulsar das ruas", como diz a epígrafe de nosso manifesto de fundação, sabemos que existe economia, povo e política pujantes de Roraima ao Rio Grande do Sul, de Pernambuco ao Acre, do Rio Grande do Norte a Mato Grosso do Sul.
O PSDB perdeu a eleição para governador de São Paulo, cometeu o grave erro de não ter candidato a presidente da República pela primeira vez em sua história e ainda sofreu a infelicidade de perder nosso querido Bruno Covas, um dos mais competentes e promissores políticos e gestores públicos do nosso país. Somados, esses fatores contribuíram por fazer nossa representatividade eleitoral ser reduzida em 2022, além de causar turbulência no processo eleitoral de 2024 em São Paulo, justamente a vitrine para a maior parte da imprensa.
Outro ditado diz que o que os olhos não veem o coração não sente. Mato Grosso do Sul é virtualmente invisível à "grande imprensa", mas neste estado que o PSDB governa já faz 13 anos temos mais de 60% dos prefeitos. Somos fortes em Pernambuco e no Rio Grande do Sul, onde também governamos.
Estamos entre os maiores partidos em números de prefeitos e vereadores em Tocantins —que elegeu uma tucana a única prefeita de capital em 2020—, Goiás, Rio Grande do Norte, Piauí, Paraíba, Mato Grosso, Maranhão, Santa Catarina, Rondônia, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará, Bahia, entre outros estados.
Teremos candidatos eleitoralmente viáveis a prefeito em pelo menos dez capitais neste ano e, ao lado de nossa sigla federada, o Cidadania, lançaremos candidatos na maioria das grandes e médias cidades do país. Estamos nos preparando para elegermos ao menos um deputado federal em cada estado na próxima eleição nacional, e voltaremos a ser uma das maiores siglas do Congresso Nacional, com os melhores parlamentares.
Além disso, é certo que o PSDB terá o melhor, mais preparado e mais competente candidato a presidente da República em 2026, o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e mostraremos ao país que o extremismo não está fazendo bem à nossa população. Existe vida inteligente longe dos extremos, e ela mora aqui, no ninho tucano.
Por fim, fica aqui nosso agradecimento ao colunista Josias de Souza pela oportunidade de apresentarmos nossa prova de vida. Entendemos seu artigo como uma demonstração da saudade que o Brasil em geral, e a imprensa brasileira em particular, sente do PSDB.
Não há motivos para sentir saudades, estamos aqui, defendendo as trincheiras da democracia, da sensatez, da competência administrativa, da liberdade e da sensibilidade social. Estamos temporariamente um pouco menores, nada mais que isso.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL