O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que decidiu congelar os preços da tarifa de transporte coletivo na capital paulista em 2017 para evitar "protestos que conturbem a cidade". A afirmação foi feita à jornalista Miriam Leitão em entrevista veiculada pela emissora de TV "Globo News" na noite desta quinta-feira (6).

Questionado pela jornalista se estava com medo de protestos,  o tucano negou: "Não é medo. É uma atitude de bom senso. Queremos evitar uma conturbação no primeiro ano de mandato". Durante sua resposta, Doria citou os protestos organizados pelo MPL (Movimento Passe Livre) de junho de 2013, que se iniciaram por causa da elevação da tarifa naquele ano e, posteriormente, tomaram conta de todo o país. "O tema da mobilidade urbana é um tema muito sensível em São Paulo."

Ainda sobre o assunto, o prefeito eleito afirmou que o congelamento deve custar os cofres públicos entre R$ 450 a R$ 500 milhões. "Dinheiro que pode ser recuperado com economia na gestão", disse.

Privatizações

O tucano voltou a defender a privatizações que pretendem fazer durante seu mandato na Prefeitura de São Paulo, a exemplo dos complexos do Anhembi e de Interlagos "Não tenho medo de defender as privatizações porque sei que é o melhor para a cidade."

Nesta sexta-feira (7), Doria e sua equipe terão a primeira reunião com o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para a discutir a transição na administração da capital paulista.