Candidatos partem para o ataque e citam Universal e black blocs no Rio

Do UOL, no Rio

  • Montagem UOL

    Crivella (PRB) e Freixo (PSOL) disputam o segundo turno pela Prefeitura do Rio

    Crivella (PRB) e Freixo (PSOL) disputam o segundo turno pela Prefeitura do Rio

Os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), que disputam o segundo turno da eleição para a Prefeitura do Rio de Janeiro, partiram para o ataque logo no início do debate promovido pelo UOL, Rede TV e Veja, na noite desta terça-feira (18).

Freixo começou o debate, questionando o adversário sobre declarações ofensivas feitas por ele sobre católicos, espíritas, evangélicos e homossexuais. O concorrente do PSOL se referia a trechos de um livro escrito por Crivella nos anos 1990 a respeito do período em que viveu como missionário na África. Na obra, publicada inicialmente em inglês, em 1999, e lançada no Brasil em 2002, o bispo licenciado da Igreja Universal diz que a Igreja Católica e outras religiões cristãs "pregam doutrinas demoníacas".

"Eu gostaria que você entendesse que esse livro foi escrito há 25 anos. A Igreja Católica da África não era a do Brasil. Era completamente diferente daqui. Era um ambiente de guerra, feitiçaria e muita miséria", disse o senador. "Reconheço que usei palavras erradas e ofendi a quem queria ajudar", completou.

Crivella rebateu ao dizer que o rival comandaria grupos de black blocs e que ele tem "as mãos sujas de sangue", em referência ao cinegrafista da Band Santiago Andrade, morto após ser atingido por rojão em um protesto realizado em fevereiro de 2014.

Freixo afirmou "não ter qualquer vínculo com black blocs ou qualquer forma de violência". "Não existe violência nem na minha fala, nem na minha fé, nem na minha prática", disse. E, mais uma vez, atacou o adversário:

"Não foi na África que vocês chutaram a padroeira do Brasil. (...) Vocês produzem ódio o tempo inteiro."
Marcelo Freixo

Na pergunta, Crivella citou uma manifestação que ocorreu nesta segunda-feira (17), no centro do Rio, na qual houve confronto entre policiais militares e black blocs. O protesto foi convocado contra a aprovação da PEC 241. O senador do PRB disse que os black blocs agiram "mais uma vez" e teriam sido "orquestrados" pelo partido do adversário, o PSOL, inclusive com pichações no prédio da Câmara de Vereadores que remetiam ao anarquismo.

"Ódio existe na militância do PSOL. Inclusive, há sangue nas mãos de cada um de vocês", reafirmou.

Na réplica, Freixo afirmou que o rival, em seu livro, teria dito que algumas religiões possuem "espírito imundo". Além disso, observou que a população carioca estaria "tentando conhecer melhor" as opiniões do adversário.

Crivella aproveitou a tréplica para mencionar propagandas que associariam o seu nome a milícias que atuam na zona oeste da cidade. Segundo o pleiteante do PRB, tais inserções teriam sido veiculadas pela campanha de Freixo.

"Isso é uma mentira descarada e sem vergonha"
Marcelo Crivella

Pouco depois, apesar de a pergunta ter sido feita a respeito de outro tema, Crivella retomou o raciocínio. "Eu considero você um arrivista. É importante o que você é capaz de fazer para chegar ao poder. Você é capaz de acusar um pai de família, avô, de envolvimento com a milícia. Não vou dizer que você é safado, canalha, vagabundo, o povo vai dizer isso nas urnas."

Veja o 1º bloco do debate entre Crivella e Freixo na RedeTV!

Veja o 2º bloco do debate entre Crivella e Freixo na RedeTV!

Veja o 3º bloco do debate entre Crivella e Freixo na RedeTV!

Veja o 4º bloco do debate entre Crivella e Freixo na RedeTV!

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