Desistência de Huck não é um alívio, afirma Alckmin
Janaina Garcia
Do UOL, em São Paulo
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Alice Vergueiro/Estadão Conteúdo
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (16) que não recebeu "com alívio" o anúncio do apresentador Luciano Huck de que não pretende disputar as eleições presidenciais deste ano.
"Não foi um alívio [o anúncio da desistência], porque eu sempre estímulo novos quadros e novas lideranças. Desde o início, sempre o estimulei, porque Luciano Huck é um grande líder, tem espírito público e tenho certeza que ele quer ajudar o Brasil e melhorar vida população brasileira", discursou. "Nunca é bom alguém deixar de ser candidato", enfatizou.
Alckmin se coloca como pré-candidato à disputa há mais de ano, mas disputa no dia 11 de março as prévias do partido com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio.
O tucano sugeriu que Huck pode contribuir com o processo eleitoral, "por meio do debate de ideias e propostas". Alckmin, porém, ressalvou que "não tenho conversado com ele" ao ser questionado se deve buscar apoio do apresentador durante as eleições.
O anúncio de Huck ocorre em meio ao desconforto gerado no staff do governador pelas declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que vinha tecendo uma série de elogios públicos a uma eventual candidatura do apresentador da TV Globo.
Indagado se espera FHC com mais foco em prol de sua candidatura, o governador minimizou: "Ele sempre teve, FHC é meu maior entusiasta --ele que me sugeriu, indicou e trabalhou para eu ser presidente do partido quando isso nem passava pela minha cabeça", respondeu.
O governador disse ainda que pode buscar apoio do PPS, que era cogitado para ser a legenda de Huck em uma eventual candidatura. "O PPS é um partido muito programático e de muita coerência, temos que respeitar. Claro que sempre queremos estar juntos: o partido já participa do governo de SP, com o Arnaldo Jardim, e nos apoiou para governador", afirmou.
"Tinha essa possibilidade de Huck ir para o PPS.... Agora vamos ouvir o presidente do partido [o deputado federal Roberto Freire] e respeitar a decisão", concluiu.
