É o PSB que vai decidir se Barbosa será candidato, diz Márcio França

Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

  • Dario Oliveira/Estadão Conteúdo

    Márcio França falou sobre candidatura de Joaquim Barbosa em evento em São Paulo

    Márcio França falou sobre candidatura de Joaquim Barbosa em evento em São Paulo

O governador de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Márcio França (PSB-SP), disse nesta segunda-feira (23) que a decisão sobre a candidatura do PSB à Presidência da República não é do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, mas, sim, da legenda.

França disse que "não fica especulando", porque o próprio Barbosa já disse que ainda não tomou uma decisão, apesar dos índices apresentados por ele na última pesquisa Datafolha. O levantamento trouxe Barbosa entre a terceira e a quarta colocação na disputa pelo Palácio do Planalto, variando entre 8% e 10% das intenções de votos.

"A decisão de ele ser candidato não foi tomada nem por ele. Então, a gente não fica especulando. Se por acaso ele quiser, vamos para a segunda fase, que é se o partido vai aceitar a candidatura dele", disse França durante evento de abertura da campanha de vacinação contra a gripe, em Pinheiros, na zona Oeste de São Paulo.

"[Joaquim Barbosa] É um homem famoso, que tem uma história de vida muito bonita, que teve uma trajetória profissional sempre de sucesso, e tê-lo no nosso partido é uma honra" afirmou o governador.

Na semana passada, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que o resultado obtido por Barbosa na pesquisa foi "animador". Mas alguns dirigentes do partido, segundo reportagem da "Folha S. Paulo", têm ressalvas ao nome do ex-ministro e afirmam que ele não deveria esperar ser nomeado pelo partido, mas, sim, correr atrás de apoios.

Além disso, os principais líderes do partido no Nordeste temem que o lançamento de uma candidatura de Barbosa a presidente provoque um realinhamento partidário e distancie a legenda do campo do ex-presidente Lula Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Logo após a divulgação da pesquisa, o ex-ministro disse que ainda não conseguiu convencer a si mesmo se deve ser candidato. Barbosa se filiou ao PSB no dia 6 de abril, às vésperas do fim do prazo para que pretendia disputar cargos eletivos.

França é aliado do pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, de quem foi vice por dois mandatos e que deixou o cargo de governador do estado no começo do mês.

Conversas com Skaf

França disse ainda que não seria correto pedir que o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf (MDB), também pré-candidato ao governo do Estado, não seja candidato, ao ser questionado sobre uma possível aliança entre os dois.

"Nesse instante o Skaff tem uma posição política favorável. É um nome conhecido em São Paulo, pesquisa está muito na frente. Então não seria correto pedir para que ele não seja candidato", disse.

Skaf apareceu em segundo lugar na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, com 20% das intenções de voto. A pesquisa do Datafolha mostrou França no terceiro lugar com 8%, empatado tecnicamente com Luiz Marinho (PT), que teve 7%. O ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) lidera com 29%.

Apesar de estar atrás de Skaf nas pesquisas, França disse acreditar que existe margem para o diálogo entre os dois. "Sou amigo pessoal do Skaf. A primeira vez que ele se filiou a um partido foi ao meu. Foi candidato a governador pelo meu partido. Acho que sempre existe chance de se conversar", disse.

O governador de São Paulo disse ainda que o caso dele é diferente do de Skaf, porque a ele só cabe tentar a reeleição. "Eu sendo governador só posso ser candidato a governador e é o que eu serei. Não há outra possibilidade porque a legislação não permite", disse

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