"Se o cidadão roubou e doou, a culpa é minha?", diz Marinho sobre caixa 2

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Luiz Marinho, afirmou nesta segunda-feira (28) que doações irregulares de campanha supostamente feitas a ele pela Odebrecht, em 2012, são responsabilidade da empresa, e não dele.

Marinho, que é também presidente estadual do PT, falou sobre o assunto na sabatina promovida por UOL, Folha e SBT com os candidatos ao governo de São Paulo.

Em acordo de delação no âmbito da operação Lava Jato, o diretor de relações institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, afirmou que a empreiteira teria doado R$ 550 mil à campanha vitoriosa de Marinho, em 2012, à Prefeitura de São Bernardo do Campo (no ABC). À Justiça Eleitoral, no entanto, o petista declarou ter recebido R$ 50 mil da empresa.

"Em 2012 praticamente não fiz campanha. Gastei muito menos [que na campanha de 2008]. Não passa de uma verdadeira invenção por parte do Alexandrino se houve algum caixa dois. Doação oficial é doação oficial", afirmou.

"Se o empresário fez alguma irregularidade para fazer doação, ele que responda. Se um cidadão chega e doa, e se ele roubou de alguém e doou, a culpa é minha?", indagou.

Ainda sobre financiamento de campanhas, o ex-prefeito de São Bernardo evitou defender companheiros petistas presos --caso dos ex-tesoureiros do PT João Vaccari Neto e Delúbio Soares, ambos presos. Mas ressalvou: "Se tem alguém que aprontou, que responda. Mas é muito claro: se você olhar logicamente o financiamento de campanha que vinha até então com o financiamento privado, que graças a Deus que acabou, o PT praticou o mesma que todos os partidos. Para ter um tesoureiro do PT preso, teria que ter de todos os partidos presos. Se isso não é perseguição...", analisou.

Veja íntegra da sabatina do UOL, Folha e SBT com Luiz Marinho

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