Não tem estresse, mas divergências, diz Alckmin sobre pressão para decolar
Daniela Garcia
Do UOL, em São Paulo
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Eliane Neves/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) minimizou nesta quarta-feira (6) a pressão do próprio partido para deslanchar sua pré-campanha à Presidência da República. "Não tem estresse. Tem divergências em partido grande", afirmou, durante sabatina do jornal Correio Braziliense.
Em reunião com lideranças do PSDB, o ex-governador perdeu a paciência e questionou seus colegas de partido se preferiam ter outro candidato, diante das cobranças por maior protagonismo nesta etapa eleitoral, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Alckmin disse não se impressionar com as pesquisas neste momento, no qual conta com até 10% das intenções de votos. "Vamos fazer uma grande aliança. Nós temos hoje praticamente cinco partidos. Nós não vamos divulgar, eles que divulguem, cada um a seu tempo. A gente não pode ser afobado com essas coisas", afirmou.
"Começar campanha com 7%, 8%, 10% é ótimo", disse Alckmin, relembrando o caso do ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), que começou a campanha de 2016 com apenas um dígito nas pesquisas e acabou eleito no primeiro turno.
Questionado também sobre o impacto do ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto — apontado como operador do PSDB — em sua campanha, Alckmin foi enfático: "Nenhum". O ex-governador ainda disse que risco de ser citado em uma eventual delação é "zero". "Ele mesmo disse à revista Época que nunca me conheceu", afirmou.
Quando perguntado se a situação do senador tucano Aécio Neves (MG) poderia afetar a campanha, Alckmin partiu para o ataque. "O PSDB não passa a mão na cabeça de ninguém. Todos nós estamos debaixo da lei, contra qualquer tipo de privilégio. Diferente de outros partidos que fazem acampamento na porta de penitenciária."