A empresários, Meirelles exalta participação no governo Lula

Gustavo Maia e Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

Em palestra a centenas de empresários durante evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta quarta-feira (04), o pré-candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, pôs em prática a estratégia de apostar em sua participação no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando foi presidente do Banco Central, para tentar provar sua viabilidade eleitoral.

Ministro da Fazenda do governo Michel Temer (MDB) durante quase dois anos, o presidenciável frisou, no entanto, que faria sua campanha baseada em resultados não só da gestão do petista, mas também do emedebista. Questionado se a tática não beneficiaria um eventual indicado pelo ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas eleitorais nos cenários em que é testado, mas pode ficar de fora do pleito por conta da Lei da Ficha Limpa, Meirelles disse que integrou seu governo por quase oito anos e exaltou seus resultados.

"Os resultados foram excelentes no governo Lula e no governo Temer. Existe uma diferença no tempo: lá eu fiquei oito anos e agora não, foram dois anos só. Portanto não houve tempo disso ter o mesmo tipo de efeito que teve naquela época. Mas eu vou mostrar claramente a experiência nos dois governos", declarou.

Dizendo que mostrará o que fez como integrante da equipe econômica, o pré-candidato afirmou que "ficará muito claro para o eleitor" quem foi o responsável pelas medidas nos dois governos. Em seguida, citou a crise econômica deflagrada depois que ele saiu, no governo Dilma Rousseff (PT). Durante a palestra, fez outro aceno a Lula dizendo que as pessoas têm lembrança concreta da época "em que se pôde viajar".

Ao falar das experiências com dois presidentes de partidos hoje rivais no plano federal, Meirelles se gabou de estar acima de interesses partidários. "Eu sirvo ao país, trabalhei com Lula, trabalhei com Temer, em ambas [administrações] bem-sucedidas".

Em carta de próprio punho divulgada nas redes sociais recentemente, o presidenciável disse que nunca aceitou a divisão do país. "Atendi ao convite de Lula e tenho orgulho de ter comandado o Banco Central e a economia no período mais próspero da história recente. Tenho orgulho de que meu trabalho naquele período possibilitou que tantas pessoas saíssem da pobreza rumo à classe média", escreveu.

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