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Vice na chapa da presidenciável Marina Silva (Rede), oficializada em convenção neste sábado (4), o ex-deputado federal Eduardo Jorge (PV) fez um discurso em defesa da posição dos dois partidos em favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ocorrido em 2016.

Citando o que chamou de "naufrágio do Titanic Dilma - Temer", que segundo ele ficou "perdido sem bússola, na busca do poder pelo poder", Eduardo afirmou que o Brasil entrou na mais profunda crise econômica, social, de violência e ambiental de sua história.

"Chegou-se a uma situação que a Rede e o PV enfrentaram corretamente. Não temo defender a posição [dos partidos] em nenhum campo. O impeachment foi correto. A justiça faz um trabalho necessário e tem que valer para todos", declarou.

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O candidato a vice-presidente disse ainda que o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] deveria ter cassado, no ano passado, "a chapa que fraudou as eleições de 2014", defendeu, sendo aplaudido pelos militantes presentes no evento.

"Mas nesse quadro dramático do nosso país aparece uma voz de esperança dos partidos ambientalistas", continuou. O companheiro de chapa de Marina lembrou que os recursos da Terra são finitos e afirmou que "o movimento ambientalista está mudando e vai mudar a forma de viver no mundo".

Segundo Eduardo Jorge, a única revolução maior que a ambientalista é revolução humana, "dentro de cada um de nós".

Eduardo afirmou ainda que não se quer quebrar máquina nenhuma agora porque revolução tecnológica, "cada vez mais barata" e "anticapitalista", está a favor do movimento. Ele propôs ainda uma "agricultura agroecológica".

Ao falar sobre Marina, ele recomendou que ela fosse uma "mulher sonhática", mas que tivesse "os pés fortemente fincados na terra". Eduardo Jorge disse desejar ainda que ela seja "a candidata da pacificação do Brasil".

Em outro momento do discurso, disse que "nós somos o cosmo de uma galáxia" e que iria convocar inclusive a princesa Leia Organa --personagem dos filmes da série "Guerra nas Estrelas"-- para nos ajudar.

"Eu quero que a Marina tome conta desse país aonde o meu neto vai morar", concluiu, sendo aclamado pela plateia aos gritos de "Eduardo".

Bicudo

O ex-deputado federal iniciou o pronunciamento fazendo uma homenagem ao jurista Hélio Bicudo, morto aos 96 anos no início da semana, e segundo ele "um herói no processo de libertação da ditadura militar" e um "gigante de coragem e ética".

Bicudo foi um dos autores do pedido de impeachment de Dilma, ao lado da advogada Janaina Paschoal, hoje aliada do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), e do jurista Miguel Reale Junior.