MDB confirma Germano Rigotto como vice na chapa de Meirelles ao Planalto
Luciana Amaral
Do UOL, em Brasília
-
Divulgação
Germano Rigotto (foto), ex-governador do RS, será vice na chapa de Meirelles
O presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), confirmou na tarde deste sábado (4) que o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto será candidato a vice-presidente na chapa de Henrique Meirelles ao Palácio do Planalto. Dessa forma, a chapa será "puro sangue", quando ambos os candidatos são filiados ao mesmo partido.
A primeira aparição pública de Rigotto junto a Meirelles será neste domingo (5), na convenção do MDB do Rio Grande do Sul, informou o partido.
"É um nome de grandes ligações com o partido, ele foi inclusive pré-candidato à Presidência algumas eleições atrás, quando rodou todo o Brasil. Portanto, uma grande afinidade nas bases do partido e, portanto, na nossa visão, preenchendo plenas condições de compor essa chapa de forma complementar", afirmou Jucá.
Leia também:
- Meirelles supera oposição no MDB e confirma candidatura à Presidência
- Temer diz que candidatos sem projeto são "coitados" e "pigmeus políticos"
Questionado se, com a escolha de Rigotto, o MDB quer frear uma possível transferência de votos de Meirelles para Geraldo Alckmin (PSDB) por causa de sua vice gaúcha Ana Amélia (PP), Jucá disse não ter levado em conta outros partidos.
Indagado se o fato de Germano Rigotto não se eleger a um cargo público desde 2006 pode tê-lo deixado menos conhecido entre a população nos últimos anos e atrasar o tempo para o próprio Meirelles se fazer conhecido, Jucá negou.
"[Rigotto] tem uma carreira política vencedora. Foi vereador duas vezes, deputado estadual, federal três vezes, governador do Rio Grande do Sul. Portanto, tem uma história não só de conhecimento do Rio Grande do Sul como também do Brasil. Até porque ele já andou o Brasil todo. [...] Ele não ter disputado eleições nos últimos mandatos não é nenhum tipo de demérito. Pelo contrário, estamos puxando ele para contribuir com o partido", declarou.
O ministro de Minas e Energia e integrante da executiva que definiu o nome de Rigotto, Moreira Franco, disse que o gaúcho foi escolhido também por ter caráter para "afirmar os compromissos da chapa do partido com reformas para garantir a continuidade do esforço para aumentar os investimentos, daí gerar emprego e renda, e criar uma esperança para o brasileiro".
"Desafio novo e bom"
Mais cedo, antes da confirmação oficial de Jucá, Rigotto conversou com a reportagem do UOL e disse que, caso fosse confirmado, "seria um desafio totalmente novo, interessante e bom", mas que sua bagagem política poderia lhe ajudar.
Rigotto afirmou sempre ter defendido uma candidatura própria do MDB à Presidência para que o partido assumisse maior protagonismo no cenário da disputa eleitoral e não "ficar a reboque". Segundo ele, Meirelles foi a melhor escolha do MDB por ter "biografia, história" e ser "competente".
Ele disse saber que a eleição será difícil com candidatos que saíram muito à frente nas pesquisas de intenção de voto. No entanto, afirmou que a capilarização do MDB pelo Brasil pode favorecer Meirelles – o partido tem o maior número de prefeitos e vereadores.
Rigotto foi convidado e oficializado como vice de Henrique Meirelles após a senadora Marta Suplicy recusar o posto. Ela não só negou o convite como se desfiliou do MDB e anunciou que não tentará a reeleição, deixando assim a vida política dentro de partidos.