Eleições 2018

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Após divulgar a desistência de sua candidatura ao governo de Minas Gerais nesta terça-feira (21), afirmando que a "velha política" havia o tirado da eleição, Marcio Lacerda (PSB) teve suas afirmações rechaçadas pela própria direção nacional do PSB. 

Segundo a nota, assinada por Carlos Siqueira, presidente da sigla, o motivo de Lacerda ter aberto mão da candidatura não tem relação com os "conchavos de gabinete" e à "velha política" como atribuiu Lacerda. "A desistência se dá como consequência natural da derrota certa que [Marcio Larcerda] encontraria na Justiça Eleitoral, mobilizada por ele na tentativa de anular as deliberações do Congresso Nacional Eleitoral do PSB", diz um trecho da nota.

O acordo que Lacerda e o PSB se referem diz respeito à articulação feita entre o PT e o PSB, para que o ex-prefeito de Belo Horizonte desistisse de sua candidatura para apoiar o petista Fernando Pimentel, candidato à reeleição, na disputa em Minas. Dessa forma, o PT derrubaria a ideia de colocar Marília Arraes (PT) na corrida pelo pleito de Pernambuco, ajudando o PSB nas eleições do Estado.

Mesmo com as negociações, Larcerda ignorou a liderança nacional do partido e manteve sua candidatura, chegando a registrá-la no TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais).

Ainda de acordo com a nota, "Marcio Lacerda não compreende que política é uma atividade que se exerce por meio de construções coletivas. Ou seja, diálogo não é conchavo". 

O partido ainda diz que Lacerda, por meio de uma carta enviada ao PSB, teria declinado sua candidatura para "cuidar de seus netos", mas que resolveu impor "sua vontade individual". E essa atitude, descreve a sigla, "confere com o estilo: um político inseguro, vacilante, indeciso, que faz política sem qualquer consideração ao esteio de relações que ela implica".

A chapa de Lacerda contava com a coligação MDB, PDT, PROS, PV, PRB e Podemos, que se reunirão entre esta terça e quarta-feira (22) para decidir o rumo nessas eleições.