Alckmin rebate críticas de Ciro em sabatina e o chama de "aloprado fujão"

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

  • Nelson Antoine/Estadão Conteúdo

    3.set.2018 - Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, visita o restaurante Bom Prato, que serve refeições a R$ 1,00, no centro de São Paulo, nesta manhã de segunda-feira

    3.set.2018 - Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, visita o restaurante Bom Prato, que serve refeições a R$ 1,00, no centro de São Paulo, nesta manhã de segunda-feira

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reagiu na tarde desta segunda-feira (3) a críticas feitas a ele, mais cedo, pelo presidenciável do PDT, Ciro Gomes. Em sabatina promovida pelo UOL em parceria com a Folha e o SBT, Ciro se contrapôs ao ex-governador ao ser indagado sobre ações de combate à corrupção e disse que "Alckmin deixa roubar".

Em seu perfil oficial no Twitter, o tucano rebateu o adversário ao chamar de "irresponsabilidade" a menção a seu nome. "Irresponsabilidade de quem tenta fugir da obrigação de esclarecer a grave denúncia publicada pela [revista] Veja. Agindo como um aloprado fujão, Ciro presta um desserviço ao debate eleitoral", escreveu.

O tucano se referiu a reportagem publicada pela Veja, na última sexta (31), apontando que o pedetista teria conhecimento de um esquema de propinas envolvendo seu irmão, o candidato a senador pelo Ceará Cid Gomes.

Ciro se contrapõe a PT e PSDB e diz que "Alckmin deixa roubar"

À Veja, o ex-tesoureiro do Pros, Niomar Calazans, afirmou que os irmãos Gomes teriam comprado por R$ 2 milhões o controle do partido no estado e operado esquema de extorsão contra empresários. Ciro nega as acusações. Tanto o presidenciável quanto Cid foram filiados ao Pros entre 2013 e 2015.

Em entrevista coletiva durante uma agenda de campanha em unidade do restaurante popular Bom Prato, na zona leste de São Paulo, Alckmin fora indagado sobre as colocações de Ciro na sabatina, mas foi mais econômico ao rebatê-las. "É um irresponsável", resumira, na ocasião.

Sobre a reportagem de Veja, Ciro divulgou nota em que alega nunca ter se envolvido "em qualquer tipo de corrupção, ilegalidade ou imoralidade ao longo dos meus 38 anos de vida pública. Nunca respondi nem respondo por nenhuma acusação moral, nem jamais tive meu nome envolvido em qualquer escândalo". O presidenciável defendeu ainda que "Cid é honrado e nunca se envolveu em nenhuma imoralidade, ilegalidade ou corrupção".

Hoje, na sabatina, ao ser questionado sobre a reportagem de Veja, Ciro enfatizou não haver "gravação, delação premiada, um testemunho, um documento, uma pista, uma pegada, seja o que for" contra ele. O pedetista ainda acusou o presidente Michel Temer (MDB) de ter "encomendado" a reportagem da revista, que chamou de "moribunda".

Questionado sobre provas a respeito dessa acusação, o pedetista argumentou que o "financiamento que, com o BNDES quebrado, estão obtendo" provaria.

Sabatinas e debate

A ordem das sabatinas UOL-Folha-SBT foi definida por sorteio. As próximas serão:

4/9 – Marina Silva (Rede)
5/9 – Luiz Inácio Lula da Silva (PT)*
6/9 – Guilherme Boulos (PSOL)
10/9 – Alvaro Dias (Podemos)
11/9 – Geraldo Alckmin (PSDB)
12/9 – Cabo Daciolo (Patriota)
13/9 – Henrique Meirelles (MDB)
14/9 – Jair Bolsonaro (PSL)

* A princípio, quando das tratativas para as sabatinas, UOL, Folha e SBT convidaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato do PT a presidente e líder nas principais pesquisas de intenção de voto para o Planalto, e entraram com recurso na Justiça Eleitoral para poder entrevistá-lo. No entanto, preso desde abril em Curitiba na Superintendência da Polícia Federal, ele foi impossibilitado de dar entrevistas por decisão judicial. Além disso, na madrugada de sábado (1º), a candidatura de Lula foi barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O PT ainda hesita em indicar o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para assumir cabeça de chapa, mas, caso a legenda formalize a troca, o novo candidato petista poderá participar da sabatina.

A parceria UOL, Folha e SBT também realizará um debate entre os candidatos no dia 26 de setembro e, em um eventual segundo turno, no dia 17 de outubro. Dividido em três blocos, o debate terá transmissão ao vivo pela TV aberta e nos sites do UOL e da Folha. Três jornalistas de cada veículo, assim como nas sabatinas, entrevistarão os candidatos. Foram convidados os candidatos dos partidos com representatividade no Congresso (com ao menos cinco parlamentares), conforme determina a legislação eleitoral.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos