Alckmin afirma que não vai apoiar Aécio em Minas

Colaboração para o UOL, em São Paulo

  • Mister Shadow/ASI/Estadão Conteúdo

Candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou em entrevista nesta terça-feira (4) que não vai apoiar o colega de partido Aécio Neves em sua campanha para deputado federal em Minas Gerais. "Não vou estar com Aécio em Minas", disse Alckmin em sabatina da rádio CBN e do site G1.

A fala do ex-governador de São Paulo representa uma mudança de tom em relação a Aécio. Em maio, durante sabatina promovida por UOL, Folha de S. Paulo e SBT, Alckmin disse, ao ser perguntado se subiria no palanque com o senador tucano, que Aécio "não seria candidato".

Alckmin afirmou ainda que foi o "único contra a prorrogação do mandato de Aécio" e que "o partido tomou medidas" para a sua saída da presidência do PSDB. "Se dependesse do Aécio, ele continuaria na presidência até hoje, houve pressão gigantesca e ele só saiu por isso. Ele não foi julgado ainda, precisamos aguardar", disse.

Aécio virou réu por corrupção e obstrução de justiça no STF (Supremo Tribunal Federal) em abril, quando também se tornou alvo de novas suspeitas. Aécio se torna réu três anos e meio depois de receber mais de 51 milhões de votos na eleição para presidente da República. O senador tucano perdeu o segundo turno para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que obteve 51,64% dos votos válidos --ele recebeu 48,36%

A denúncia contra Aécio teve como base a delação de executivos da J&F, divulgada em 2017, na qual Aécio foi flagrado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. Nas gravações, Aécio afirma que o dinheiro seria usado para pagar despesas com advogados.

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