Foi "um susto", diz Major Olimpio sobre ataque a Bolsonaro em Minas

Luis Adorno e Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

06/09/201816h50 > Atualizada 07/09/201800h32

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O presidente do PSL de São Paulo, Major Olimpio, disse nesta quinta-feira (6) que o candidato à Presidência da República pelo partido, Jair Bolsonaro, sofreu um corte superficial depois de ser atacado durante ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Olimpio diz que está em contato com policiais federais e militares de Minas e classifica o ataque como "um susto". "A informação que temos, que chegou a mim e ao filho do Bolsonaro, é de que não atingiu nenhuma área vital e que ele não corre nenhum risco de morte. Por enquanto, estamos com a informação de um atentado fracassado e só um susto."

Mais tarde, os médicos disseram que o caso foi mais grave e a lesão profunda. O político vai permanecer na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e ainda não tem previsão de alta. "Pelo menos uma semana", diz o médico-cirurgião da Santa Casa de Juiz de Fora, Luiz Henrique Borsato.

Seu quadro é "naturalmente grave" devido aos ferimentos sofridos. Ele está respirando sem ajuda de aparelhos e já recobrou a consciência.

Bolsonaro chegou ao hospital em estado de choque e tinha perdido muito sangue. Também estava com a pressão muito baixa. Vai precisar de outra cirurgia para reverter a colostomia --bolsa coletora de fezes que fica presa fora do abdome.

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Arte/UOL

Presente no local, a ativista Roberta Lopes Alves, do movimento Direita Minas, acompanhou o momento do ataque no evento --que transcorria pelo calçadão da rua Halfeld e seguiria até a praça da Estação, onde Bolsonaro participaria de um comício.

De acordo com ela, um homem de casaco preto se aproximou e atingiu o abdome do candidato. Na sequência, relatou, ele quase foi linchado por populares.

"Ele [Bolsonaro] está fora de perigo, mas ainda estamos aguardando informações completas sobre o quadro de saúde. Estava muito cheio e havia muito barulho; não deu para ouvir se a pessoa que o atacou disse algo. Quando o pessoal percebeu o que aconteceu, quase linchou o agressor, mas a Polícia Federal o levou", disse.

"Estamos em choque, muito transtornados. É como se atingisse alguém da minha família – e na hora, a ficha não caiu direito. Estou imensamente triste por ele passar por isso", afirmou a ativista.