PSOL confirma que suspeito de esfaquear Bolsonaro foi filiado ao partido

Leandro Prazeres

do UOL, em Brasília

  • Cortesia

    Adélio Bispo de Oliveira foi detido em MG suspeito de esfaquear Jair Bolsonaro

    Adélio Bispo de Oliveira foi detido em MG suspeito de esfaquear Jair Bolsonaro

A direção do PSOL em Minas Gerais confirmou nesta quinta-feira (6) que o suspeito de ter esfaqueado o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), Adélio Bispo de Oliveira, foi filiado ao partido por pelo menos sete anos. A presidente do diretório mineiro do partido, Maria da Consolação Rocha, repudiou o ataque sofrido por Bolsonaro e disse não se lembrar do histórico de militância de Adélio junto ao partido. Em sua página no Facebook, o diretório mineiro emitiu uma nota condenando o ataque.

Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato político em Juiz de Fora, cidade do interior de Minas Gerais na tarde desta quinta-feira. Ele foi operado por uma equipe de médicos na Santa Casa de Misericórdia da cidade.

Leia mais sobre o caso:

De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Adélio Bispo de Oliveira foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014. Ainda segundo o tribunal, Adélio, que é natural da cidade mineira de Montes Claros, se filiou ao PSOL na cidade de Uberaba e pediu o desligamento do partido por conta própria.

FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro (de camiseta amarela), após ser esfaqueado durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG)

Maria da Consolação Rocha, que é candidata a deputada federal, disse não se recordar do histórico de militância de Adélio Bispo da Silva.

"Não me lembro dele como militante. A gente acabou de tomar pé da situação, então não conversei com as pessoas sobre que tipo de militante ele era. O fato é que ele foi filiado, mas não faz mais parte do nosso partido há muitos anos", afirmou.

Maria da Consolação criticou a agressão praticada contra Bolsonaro. "Nós condenamos o que aconteceu hoje. É um ato criminoso. Infelizmente, estamos vivendo um processo de polarização muito grande e isso está afetando a democracia. Precisamos reconstruir as relações políticas no país", disse.

As declarações de Maria da Consolação vão na mesma linha da nota publicada pelo PSOL-MG em seu perfil no Facebook. A nota diz que a "agressão sofrida pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, configura um grave atentado à normalidade democrática e ao processo eleitoral".

"Repudiamos toda e qualquer ação de ódio. Cobramos investigação sobre o ataque contra o candidato do PSL. Esperamos das autoridades as medidas cabíveis contra seu autor", diz outro trecho da nota.

Maria da Consolação disse não temer que militantes do PSOL sejam alvo de agressões por conta do atentado praticado por Adélio Bispo de Oliveira. O suspeito foi alvo de ataques logo após o atentado contra Bolsonaro nas ruas de Juiz de Fora.

"Como nós não temos nada a ver com esse atentado, nós não temos medo de uma eventual retaliação. Há muitos anos, a gente vem denunciando esse quadro de criminalização dos movimentos sociais e dos militantes políticos. Não temos medo e não vamos nos calar. Não vamos provocar ninguém, mas nossa luta vai continuar", disse.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos