Médico relata "tumulto" e portas quebradas durante atendimento a Bolsonaro

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Juiz de Fora (MG)

A passagem de Jair Bolsonaro (PSL) pela UTI Cirúrgica da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG), na noite de quinta-feira (6) após ser atacado com uma faca, teve momentos de tumulto e com direito a portas quebradas, segundo relatou o administrador do hospital, o médico Renato Loures. O candidato foi transferido para São Paulo na manhã desta sexta-feira.

Segundo ele, o presidenciável chegou à unidade acompanhado por um grupo grande de assessores e cabos eleitorais. Com os ânimos exaltados, apoiadores da campanha acabaram forçando e danificando portas dentro do hospital.

Loures declarou, no entanto, que a confusão foi rapidamente resolvida depois que os seguranças e os policiais mobilizados no atendimento ao candidato entraram em ação. "Foi um tumulto momentâneo para tirar quem tinha invadido. Era muita gente", disse.

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As portas danificadas foram as da emergência e do 13º andar, onde fica a UTI cirúrgica. Loures minimizou os danos: "Não foi nada grave".

O diretor da Santa Casa disse ainda que uma parte do 13º andar teve que ser fechada para facilitar o atendimento a Bolsonaro. Disse descartar, no entanto, que outros pacientes tenham tido algum prejuízo.

Reprodução
Bolsonaro foi submetido a cirurgia na Santa Casa de Juiz de Fora

PF vistoriam celulares por causa de foto

Durante a preparação para a cirurgia que estancou a hemorragia interna na região abdominal, uma foto do atendimento de Bolsonaro acabou vazando nas redes sociais.

Logo após, de acordo com relato dos médicos, policiais federais que estavam no local vistoriaram os celulares de todos os que estavam presentes (médicos, enfermeiros, faxineiros, seguranças e outros).

"Ele não estava em cirurgia ainda, estava sendo preparado para a cirurgia. (...) A PF [Polícia Federal] está dando todo o suporte nisso. É muito difícil a gente evidenciar. Naquele momento, a equipe estava preocupada em prestar assistência. A Polícia Federal recolheu e olhou os celulares de todo mundo, mas não conseguiu identificar naquele momento quem teria feito", disse a médica Eunice Dantas, diretora técnica da Santa Casa.

Veja como foi o ataque a Bolsonaro em MG

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