PF eleva "nível de alerta" e número de agentes após ataque a Bolsonaro

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

O ataque contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) fez a Polícia Federal elevar o "nível de alerta" em relação à campanha presidencial e aumentar o número de agentes que fazem a segurança dos políticos. A informação consta em uma nota divulgada neste sábado (8) após reunião entre a cúpula da PF e representantes de quatro candidatos à Presidência da República, em Brasília.

O encontro entre as coordenações de campanha e a PF foi convocado pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, após Bolsonaro ser esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, 40, em Juiz de Fora (MG), na quinta-feira (6)

Na nota divulgada logo após a reunião, a PF não faz menção direta ao atentado contra Bolsonaro. "Durante o encontro, os representantes foram informados que, em decorrência da elevação do nível de alerta provocado por evento crítico no decorrer da campanha, haverá aumento do efetivo policial colocado à disposição das equipes de segurança", diz um trecho do texto.

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Dos 13 candidatos à Presidência, apenas cinco solicitaram auxílio da PF para fazer a segurança durante a campanha e, por isso, foram chamados para o encontro deste sábado.

Estiveram na reunião integrantes de quatro candidatos: Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Álvaro Dias (Podemos). A campanha de Bolsonaro não mandou ninguém.

O presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, disse em São Paulo que o partido não enviou representantes porque "a porta já teria sido arrombada" e questionou o porquê de outras campanhas participarem.

"Na verdade, essa seria uma reunião coletiva com que intuito? Cada candidato tem uma realidade, um grau diferente de risco. Portanto, nós entendemos que o candidato Jair Bolsonaro, comprovado por esse fato recente, merece [proteção], sim. Não só ele, como toda a sua família, uma proteção especial por conta da Polícia Federal", declarou Bebianno.

Apesar de não ter enviado representante, tanto o PSL como a família de Bolsonaro querem que a PF faça a segurança da mulher e da filha do candidato. O que foi negado pela PF.

Agentes de segurança alertaram equipe de Bolsonaro dos riscos

25 agentes para cada candidato

Na saída da reunião, o representante da Rede, Basileu Margarido, disse que o número de agentes à disposição de cada um dos candidatos vai subir.

Antes do ataque a Bolsonaro, o número máximo de agentes para cada candidato era de 21. Esse número, agora, subiu para 25. Entretanto, nem todos os candidatos utilizam essa quantidade máxima. O número de agentes à disposição de cada candidato não foi revelado pela PF por motivos de segurança.

A nota da PF deste sábado confirma o que havia sido anunciado por Jungmann na última sexta-feira (7). Na ocasião, ele afirmou que o efetivo à disposição dos candidatos teria um aumento de 60%. Atualmente, 80 agentes fazem a segurança de cinco dos 13 candidatos à Presidência.

Uma das preocupações expressadas pela PF durante a reunião deste sábado foi fazer com que os candidatos sigam as orientações da equipe técnica em relação aos atos de campanha.

"Aos responsáveis pelas campanhas dos candidatos foram reafirmados os critérios de atuação, as orientações e os protocolos adotados pela PF", diz outro trecho da nota.

A avaliação da PF é que alguns candidatos estariam se expondo demais durante os atos conhecidos como corpo a corpo, a exemplo do que fez Bolsonaro em Juiz de Fora.

Veja como foi o ataque a Bolsonaro em MG

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