Candidato do PT a deputado denuncia ter sido ferido pela Guarda de Curitiba

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação/Facebook Renato Freitas

    Em transmissão no Facebook, o candidato Renato Freitas mostrou sua mão ferida

    Em transmissão no Facebook, o candidato Renato Freitas mostrou sua mão ferida

O advogado Renato Freitas, que disputa uma vaga de deputado estadual no Paraná pelo PT, denunciou ter sido ferido na mão esquerda e nas costas por balas de borracha disparadas pela Guarda Municipal de Curitiba neste domingo (9) na praça do Gaúcho, na capital paranaense, enquanto fazia panfletagem.

Pouco antes das 20h, Freitas chegou a fazer uma transmissão ao vivo em vídeo pelo seu perfil no Facebook (veja abaixo), aparentemente de dentro de um carro da Guarda Municipal, em que inclusive mostrou o ferimento em sua mão.

A Prefeitura de Curitiba diz que o candidato estava em um grupo que avançou contra guardas que atendiam a uma ocorrência de racha de veículos e consumo de drogas (veja a íntegra da nota abaixo)

"Estou sendo preso pela Guarda Municipal, fui baleado duas vezes por bala de borracha, à queima-roupa", diz Freitas no vídeo, pedindo aos espectadores que consigam imagens das câmeras de vigilância da praça.

No relato, o candidato afirma que estava fazendo uma panfletagem quando "a Guarda chegou, mandou sumir da praça".

"Eu não falei nada, só falei que estava panfletando, o cara me deu um tiro à queima-roupa", narrou. "Eu não entendi porque eles fizeram isso, cara. É muita covardia."

Segundo publicação feita em sua página no Facebook por volta das 22h, Freitas foi levado para o Hospital do Cajuru, no bairro Cristo Rei, pela própria Guarda Municipal, e a ocorrência seria levada para o 1º Distrito Policial (centro), o que a prefeitura confirma. O texto também dizia que acompanhantes e advogados não puderam entrar no hospital.

Durante a campanha municipal de 2016, quando era candidato a vereador pelo PSOL, Renato Freitas também foi detido pela Guarda Municipal, por desacato e perturbação do sossego. Na época, ele denunciou ter sido agredido e alvo de injúria racial. A Prefeitura de Curitiba abriu procedimento administrativo para apurar as circunstâncias da detenção. 

Em nota, o presidente do PT no Paraná e candidato ao governo do estado, Dr. Rosinha, disse que não havia motivo para a detenção e a "violência policial".

"O que estamos vendo é uma assustadora onda crescente de violência e perseguição a quem se manifesta e luta a favor dos oprimidos", afirmou.

Nesta segunda-feira (10), a deputada Manuela D'Avila (PCdoB) cobrou em suas redes sociais uma explicação da Guarda Municipal sobre o caso.

  

ATENÇÃO: AS IMAGENS PODEM SER FORTES

Outro lado

Leia abaixo a íntegra da nota da Prefeitura de Curitiba sobre o caso envolvendo o candidato Renato Freitas.

"A Guarda Municipal foi acionada por moradores do entorno da Praça do Gaúcho, por volta das 19h00 deste domingo (9/9), que reclamavam de pessoas fazendo racha de veículos, consumindo droga e promovendo perturbação do sossego em espaço público.

A Guarda Municipal atendeu ao chamado e precisou usar arma não letal (com bala de borracha) para conter o grupo e para restabelecer a ordem no local. Renato Almeida Freitas Junior, que é candidato a deputado estadual, estava no grupo que avançou contra os seis guardas municipais e acabou ferido na mão e nas costas. Ele foi encaminhado para atendimento médico no Hospital Cajuru. Após a liberação médica, será levado à Central de Flagrantes, onde será feito o registro do caso.

Além de envolvimento anterior num caso com a Polícia Militar, Almeida Freitas já havia sido detido pela Guarda Municipal em agosto de 2016, quando candidato a vereador, por desacato e perturbação de sossego."

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos