Presidenciáveis descartam reforço na segurança durante campanha

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em São Paulo

  • Raysa Leite/AFP

    6.set.2018 - Candidato Jair Bolsonaro ferido por uma facada em Juiz de Fora

    6.set.2018 - Candidato Jair Bolsonaro ferido por uma facada em Juiz de Fora

Três dos principais candidatos na corrida eleitoral ao Palácio do Planalto deste ano descartaram aumentar a segurança durante atos de campanha, após o ataque sofrido pelo concorrente Jair Bolsonaro (PSL). Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Álvaro Dias (Podemos) disseram em declarações à imprensa, nesta segunda-feira (10), que não pretendem solicitar reforços de agentes da PF (Polícia Federal) em passeatas ou atos de rua. Em reunião no último sábado (08), a Polícia Federal considerou nível de alerta alto e anunciou reforço nas equipes que acompanham os presidenciáveis.

No dia seguinte ao atentado, todos os candidatos suspenderam as agendas e condenaram a agressão. Bolsonaro está internado em São Paulo, na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital Albert Einstein desde sexta-feira (7), quando foi transferido de Juiz de Fora. O boletim médico divulgado pela unidade na manhã desta segunda informou que "será necessária uma nova cirurgia de grande porte posteriormente, a fim de reconstruir o trânsito intestinal e retirar a bolsa de colostomia"

Bolsonaro lidera a pesquisa Ibope divulgada na última quinta-feira (5), com 22% das intenções de voto. Ele é seguido por Ciro e Marina, empatados com 12%. Alckmin está em quarto lugar, com 9%, mas em empate técnico com os dois candidatos posicionados logo acima. Álvaro Dias tem 4%.

A concorrente pela Rede disse que não deixará de participar de campanhas por conta do ataque ao adversário. "A melhor forma de se sentir seguro é não incitando o ódio. Eu prefiro sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça. E é por isso que sou tão bem recebida, mesmo por aqueles que não votam em mim", considerou.

Já Ciro Gomes brincou com a necessidade de reforçar sua segurança e alegou que é protegido pelos candidatos do seu partido, PDT. "Meu seguranças são estes aqui. Marcelo Cândido, candidato a governador, Antônio Neto, senador", disse durante caminhada em Mauá, região Metropolitana de São Paulo.

O tucano Geraldo Alckmin resumiu que gosta do contato com as pessoas e que o incidente não provocou nenhuma mudança em sua agenda ou protocolos de visita. A assessoria do candidato ainda destacou que só terá reforço na segurança, caso seja imposto pela Presidência.

O concorrente pelo Podemos, Álvaro Dias, declarou que não pediu reforço de agentes à Polícia Federal. "Eu talvez fosse uma exceção à regra porque tinha dispensado [segurança da PF], mas já no dia anterior ao episódio [com Bolsonaro} a Polícia Federal havia encaminhado já agentes que me acompanham até hoje", disse durante campanha em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O presidenciável foi entrevistado, pela manhã, em sabatina realizada pelo UOL, o jornal "Folha de S. Paulo" e o SBT.

Veja como foi o ataque a Jair Bolsonaro em Juiz de Fora

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