Alckmin diz que ideologia de gênero é discussão para família, não escola

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira (11) durante sabatina de UOL, Folha de S. Paulo e SBT que a ideologia de gênero é assunto que deve ser discutido entre a família, não necessariamente nas escolas.

"Em princípio, eu acho que a questão de ideologia de gênero é a família quem deve cuidar. Agora, a biologia precisa ser dada em aula. Eu fui professor de biologia muito tempo", respondeu o candidato ao ser questionado se era a favor a discussão de gênero em sala de aula.

Ele diz que biologia é uma ciência e, como tanto, os aparelhos reprodutores devem ser ensinados aos jovens nas aulas, inclusive para a prevenção à gravidez precoce. "Você precisa explicar, até para prevenir a gravidez indesejada. Não é entrar em questão de gênero, né?, gay, não é gay. Nada disso. É informação que precisa ter", ressaltou.

Indagado sobre o aborto, o candidato disse ser contra a descriminalização, salvo em casos já previstos pela legislação: feto anencefálico, risco de morte para a mãe e estupro.

"Agora que o senhor falou da questão de gênero, então, o senhor é contra essa discussão de gênero na escola?"

Ainda na saúde, o candidato afirmou que, se eleito, pretende reabrir 30 mil leitos fechados no SUS (Sistema Único de Saúde) e reduzir filas de espera para consultas. Sobre propostas para pessoas com HIV, Alckmin afirmou apostar em boas campanhas de prevenção e tratamentos eficazes.

"Educação, instrução, informação e prevenção. É camisinha, é preservativo e cuidado com a questão de sangue", falou.

Alckmin tem 10% das intenções de voto, diz Datafolha

Geraldo Alckmin é médico, passou pelos cargos de vereador e deputado federal e assumiu o governo do Estado de São Paulo em 2001, depois da morte de Mario Covas. Em seguida, Alckmin governou o estado por três mandatos (2003 - 2006, 2010 - 2014 e 2014 - 2018). É a segunda vez que ele se candidata à Presidência da República.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada na segunda-feira (10), o tucano aparece com 10% das intenções de voto. Jair Bolsonaro (PSL) lidera o levantamento com 24%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Sabatinas e debates

Os presidenciáveis estão sendo entrevistados por jornalistas do UOL, Folha e SBT. Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSOL) e Alvaro Dias (Podemos) já foram sabatinados. A ordem das próximas entrevistas previstas, definidas por sorteio, é a seguinte:

12/9 – Cabo Daciolo (Patriota)
13/9 – Henrique Meirelles (MDB)
14/9 – Jair Bolsonaro (PSL)

Foram convidados os candidatos dos partidos com representatividade no Congresso (com ao menos cinco parlamentares), conforme determina a legislação eleitoral.

Como o PT não indicou o substituto na corrida eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve sua candidatura barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a sabatina com o presidenciável petista, que estava agendada para 5 de setembro, não aconteceu.

Vítima de um ataque a faca na última quinta (6), Jair Bolsonaro, que foi submetido a uma cirurgia e está internado, também não deve participar. Cabo Daciolo, que está em jejum em um monte, deixou de participar recentemente do debate da TV Gazeta.

UOL, Folha e SBT também realizarão um debate entre os candidatos no dia 26 de setembro e, em um eventual segundo turno, no dia 17 de outubro. Dividido em três blocos, o debate terá transmissão ao vivo pela TV aberta e nos sites do UOL e da Folha. Três jornalistas de cada veículo, assim como nas sabatinas, entrevistarão os candidatos.

Veja íntegra da sabatina UOL, Folha e SBT com Geraldo Alckmin

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