Haddad pede registro como candidato do PT a presidente

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

O ex-ministro Fernando Haddad (PT) pediu nesta terça-feira (11) seu registro como candidato à Presidência da República pelo PT, após dirigentes do partido formalizarem a aprovação da substituição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os pedidos de registro de Haddad como candidato a presidente e de Manuela D'Ávila (PCdoB) como candidata a vice foram feitos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por volta das 18h30, segundo informações disponíveis no sistema de consulta pública de processos da Corte.

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O PT tinha até hoje, às 19h, para trocar o cabeça de chapa de sua coligação, conforme o que foi determinado pelo TSE no dia em que a candidatura de Lula foi vetada com base na Lei da Ficha Limpa.

O tribunal tem até segunda (17) para julgar todos os pedidos de registro. Ambos terão como relator o ministro Luís Roberto Barroso, que também relatou -- e votou contra -- o pedido de registro de Lula.

PT diz que seria "arrancado" da eleição

Mesmo com recursos pendentes em nome de Lula no STF (Supremo Tribunal Federal), o nome de Haddad como substituto do ex-presidente foi aprovado pouco antes das 14h pela Executiva Nacional do PT, em medida que apenas formalizou uma decisão já tomada por Lula. A troca foi anunciada em ato com a militância no final da tarde, em Curitiba.

Na ata que formalizou a decisão do PT de substituir Lula por Haddad, o partido critica o Judiciário e diz que, sem a troca de candidatos, o partido seria "arrancado" das eleições para presidente.

"A substituição é medida que decorre exclusivamente da arbitrariedade da Justiça Eleitoral brasileira em não permitir que Lula siga em campanha sub  judice -- direito que sempre foi garantido a todos os candidatos, menos ao ex-presidente. Sem a substituição, além de Lula, também o PT seria arrancado da disputa", diz o texto.

Apesar de ungido por Lula, Haddad nunca foi unanimidade entre lideranças do PT e continua desconhecido de boa parte do eleitorado. Com a confirmação do ex-prefeito como candidato, serão postos à prova o poder de Lula como fator de união do PT e como cabo eleitoral.

Em pesquisa Datafolha divulgada ontem, Haddad teve 9% das intenções de voto, atrás de Jair Bolsonaro (PSL) e empatado tecnicamente com Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). No Datafolha de 22 de agosto, último em que seu nome apareceu, Lula tinha 39% e liderava com folga.

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