Na UTI, Bolsonaro evolui bem após cirurgia de emergência, diz hospital
Gustavo Maia
Do UOL, em São Paulo
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Reprodução/Twitter
Bolsonaro recebeu a visita do cantor Roger antes de ter de passar por nova cirurgia
Readmitido na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Israelita Albert Einstein na madrugada desta quinta-feira (13), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) "evoluiu bem" e não teve intercorrências após a cirurgia de urgência a que foi submetido na noite desta quarta (12).
A informação consta do boletim médico divulgado por volta das 9h30 desta quinta, assinado pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, pelo clínico e cardiologista Leandro Echenique e pelo diretor superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo. Segundo o comunicado, a operação teve duração de duas horas. Esse é o primeiro relatório após a segunda operação feita pelo deputado.
Na terça (11), o candidato ao Palácio do Planalto havia recebido alta da UTI e estava recebendo cuidados semi-intensivos.
A cirurgia foi realizada depois de Bolsonaro apresentar "distensão abdominal progressiva", um inchaço na barriga, que sugeriu o diagnóstico de obstrução intestinal, confirmado por tomografia computadorizada à tarde.
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Ele levado para a cirurgia de urgência onde foram desfeitas as aderências do intestino e liberado o ponto de obstrução. "Além disso, constatou-se um extravasamento de secreção entérica (secreção intestinal) a montante do ponto de obstrução em uma das suturas realizadas anteriormente para correção dos ferimentos intestinais", informou o boletim.
Em mensagem de áudio enviada a colegas, o cirurgião Antônio Luiz Macedo contou que Bolsonaro "teve uma obstrução intestinal por aderências", que segundo ele é comum em traumas como o sofrido pelo presidenciável.
"Nós operamos, desfizemos as bridas [cicatrizes que se formam após uma operação]. Tinha uma fístula [ferida] intestinal de uma daquelas costuras. Refizemos tudo. Está ótimo, perfeito. Acabou tudo", relatou o médico.
Bolsonaro está internado no hospital Albert Einsein, em São Paulo, desde a última sexta (7), um dia depois de ter levado uma facada no dia anterior, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
"Voltou à estaca zero", diz um dos filhos
Em entrevista a uma rádio do Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira, Flávio Bolsonaro (PSL) disse que o pai voltou "à estaca zero". "Praticamente tiveram que abrir ele de novo, é como se ele tivesse voltado à estaca zero. Óbvio que ele não está como chegou ao hospital [em Minas Gerais], quase morto, mas voltou à UTI. Abriram de novo porque poderia dar uma infecção ou algo do tipo", declarou.
Outro filho do presidenciável, o vereador e candidato ao Senado Carlos Bolsonaro (PSL), que passou a madrugada no hospital, disse na manhã desta quinta-feira (13) nas redes sociais que o pai passa bem.
"Noite delicada, mas 100% contornada. O velho é forte como um cavalo. Não é à toa que seu apelido de Exército é 'cavalão', disse o vereador.
Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem; estou vendo de perto o trabalho dessas pessoas desde o início e só temos a agradecer! Noite delicada, mas 100% contornada. O velho é forte como um cavalo, não é a toa que seu apelido de Exército é "cavalão"!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) 13 de setembro de 2018
Carlos aproveitou e agradeceu à equipe médica. "Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem; estou vendo de perto o trabalho dessas pessoas desde o início e só temos a agradecer!", disse. Não houve visitas ao presidenciável durante a madrugada.
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Não há previsão de alta do paciente
Após a divulgação do boletim, o deputado federal Major Olimpio (PSL-SP) deixou o hospital e disse que o comunicado trouxe "bastante alívio".
Segundo o parlamentar, que foi visitar familiares, mas não encontrou Bolsonaro na UTI, o presidenciável acordou por volta das 4h30. "Vamos aguardar os próximos momentos agora, com a reabilitação", disse o deputado, que é presidente do PSL em São Paulo e candidato ao Senado.
Olimpio afirmou ainda que o médico não fez prognósticos em relação ao tempo de recuperação ou alta hospitalar.
O deputado informou que o candidato está sendo acompanhado nesse momento pela mulher, Michelle, e por um dos filhos, Carlos, que é vereador do Rio de Janeiro e está com o pai desde o ataque em Juiz de Fora.
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