Haddad faz discurso breve em comício esvaziado no Rio e ataca tucanos

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

  • ERBS JR. / FramePhoto / AGÊNCIA O GLOBO

    13.set.2018 - Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência, participa de comício na Cinelândia, Rio

    13.set.2018 - Fernando Haddad (PT), candidato à Presidência, participa de comício na Cinelândia, Rio

Em comício esvaziado pela chuva no Rio de Janeiro, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, voltou a atacar o PSDB e culpou o partido rival pela crise no país. O concorrente ao Planalto compareceu ao evento na noite desta sexta-feira (14), na Cinelândia, no centro da capital fluminense, pouco depois de uma entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, onde já havia elevado o tom das críticas aos tucanos.

Haddad fez um discurso de cerca de seis minutos e comemorou seu crescimento na série de pesquisas do Datafolha. Na amostra divulgada hoje, ele aparece com 13% das intenções de voto, em empate técnico no segundo lugar com Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB). Jair Bolsonaro (PSL) lidera com 26%.

A estimativa de público do comício não foi confirmada pelos organizadores, mas havia menos pessoas em comparação a outros eventos já realizados pelo PT na histórica praça da Cinelândia, palco das grandes manifestações na cidade.

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O presidenciável iniciou o discurso com um canto em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba e que teve seu registro de candidatura reprovado com base na Lei da Ficha Limpa: "Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo".

O petista citou mais uma vez a entrevista do senador Tasso Jereissati, ex-presidente nacional do PSDB, que afirmou ao "Estado de S.Paulo" que os tucanos cometeram um "conjunto de erros memoráveis" após a eleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), hoje candidata ao Senado em Minas Gerais. A mesma estratégia já havia sido utilizada na entrevista ao Jornal Nacional.

Entre os equívocos elencados por Jereissati e mencionados por Haddad, estão a contestação do resultado eleitoral de 2014 (ano em que Dilma venceu o tucano Aécio Neves no pleito presidencial), a votação das pautas-bomba no Congresso e a adesão ao governo do atual presidente, Michel Temer (MDB), que sucedeu Dilma após o impeachment.

"Foram quatro anos para eles admitirem um erro histórico e grave", disse o candidato do PT, em referência ao fato de o PSDB ter ido à Justiça eleitoral, em 2014, para reclamar de uma suposta fraude na eleição. "Eles não estão reconhecendo porque está sobrando consciência histórica. Eles estão reconhecendo porque, desde que o Lula foi preso, ele cresceu 15 pontos nas pesquisas", completou.

"Eu sou da opinião que esses caras mexeram com o cara errado [Lula], com o partido errado e com o povo errado."

Na avaliação de Haddad, apenas três dias de campanha após ter tido seu nome oficializado como presidenciável foram suficientes para chegar ao segundo lugar na pesquisa do Datafolha. "Faz apenas 72 horas que a nossa chapa foi oficializada."

O concorrente ao Planalto deixou o evento rapidamente após concluir o discurso e driblou os jornalistas que o aguardavam ao descer por uma saída alternativa do palco montado na Cinelândia. O candidato chegou a parar para tirar fotos com eleitores, mas não conversou com a imprensa.

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