Ibope: 32% admitem chance de recorrer ao voto útil na eleição presidencial
Luciana Amaral
Do UOL, em Brasília
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Ernani Ogata/Código 19/Estadão Conteúdo
Urnas eletrônicas chegam ao cartório eleitoral de Curitiba
Pesquisa Ibope divulgada na íntegra nesta quarta-feira (19) revela que 32% dos entrevistados admitem ser grande a chance de recorrerem ao chamado voto útil. A expressão é usada quando se vota em um candidato que não seja de sua preferência para evitar que outro adversário vença a eleição.
Segundo a pesquisa, 18% dos entrevistados afirmaram ser "alta" essa possibilidade. Outros 14% afirmaram que ser "muito alta". Os que consideram de forma "média" recorrer ao voto útil são 18%.
Os que falaram ser "baixa" a chance de votar em uma segunda opção para não permitir a vitória de quem não goste são 20%, e, "muito baixa", 23%. Não sabem ou não responderam totalizaram 6%.
Segundo a pesquisa, a tendência de se recorrer ao voto útil é maior entre as mulheres: 35% afirmaram ser "alta" ou "muito alta" a possibilidade, enquanto 31% dos homens dizem o mesmo. O mesmo se verifica quanto à idade – quanto mais novo o eleitor, maior a possibilidade do voto útil.
O Ibope também perguntou aos entrevistados se eles deixariam de votar no candidato de sua preferência para votar em outro com mais chances de vitória. 6% responderam ser "muito alta" a chance e 10% responderam ser "alta". Os que consideram a possibilidade de forma "média" são 16%. Os que consideram a chance "baixa" são 26% e, "muito baixa", 35%.
O instituto fez a pesquisa entre os dias 16 e 18 de setembro, em 177 municípios em todo o país, com 2.506 entrevistados. A pesquisa foi contratada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" e pela TV Globo, e registrada no TSE com o número BR-09678/2018. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança estimado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados serem um retrato do "atual momento eleitoral".
Na formulação da pergunta, o Ibope não mostrou aos entrevistados nomes dos candidatos disponíveis como segunda opção de intenção de voto.
De acordo com a pesquisa, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) se mantém na liderança, com 28% das intenções de voto, e Fernando Haddad (PT) está isolado em segundo lugar com 19% -- ele cresceu 11 pontos percentuais em uma semana. Na pesquisa anterior divulgada em 11 de setembro, Bolsonaro tinha 26% e Haddad, 8%.
Com a ascensão, o petista deixou a situação de empate técnico que tinha com Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede). O pedetista manteve os 11% do levantamento anterior, enquanto o tucano oscilou negativamente de 9% para 7%, assim como Marina, que foi de 9% para 6%. Devido à margem de erro, Ciro e Alckmin estão tecnicamente empatados, assim como Alckmin e Marina.
Votos válidos: Bolsonaro atinge 35%
Se considerados apenas os votos válidos, ou seja, descartados os votos nulos e em branco, além dos que não souberam ou não responderam, Jair Bolsonaro atinge 35% das intenções de voto, segundo o Ibope.
Ele é seguido por Fernando Haddad, com 24%, Ciro Gomes, com 14%, Geraldo Alckmin, com 9%, e Marina Silva, com 7%.
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