Haddad diz que rejeição a seu nome vai se resolver no 2º turno e no governo

Luciana Amaral e Flávio Costa

Do UOL, em Ouro Preto (MG)

Ao lado de Dilma Rousseff, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (21) que a rejeição a seu nome vai se resolver no segundo turno das eleições e, mais tarde, em seu governo, se eleito.

A declaração foi dada depois que o candidato foi questionado sobre um eventual temor de votos "antipetistas" e sobre como pretende combater a taxa de rejeição a ele, que cresceu segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (20). Embora tenha passado de 13% para 16% nas intenções de voto, o índice de pessoas que não votariam em Haddad de jeito nenhum saltou de 22% para 29% em relação à pesquisa anterior.

"Infelizmente, nós estamos em um momento em que toda a classe política tem um alto grau de rejeição", afirma. "Isso vai se resolver no segundo turno, em parte, quando se tem mais tempo de se apresentar e vai se resolver também no governo, mostrando compromisso com as pessoas, com as camadas trabalhadoras, com a classe média", defendeu.

Ele argumentou que o PT tem o plano de governo que dialoga com o "sentimento e o anseio de recuperar o Brasil que deu certo". Segundo ele, será um processo de "reconstrução", para o qual será preciso "paciência, tolerância e diálogo".

"Imaginar que o humor das pessoas vai mudar do dia para a noite em função de uma campanha eleitoral e que elas vão esquecer tudo o que passaram nos últimos quatro anos não é razoável", declarou.

Os últimos quatro anos citados por Haddad incluem os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). Questionado sobre a fala, ele justificou que se referia à "sabotagem que começou no dia da eleição" de Dilma por parte do PSDB.

Nesta sexta-feira, Haddad, e sua candidata a vice-presidente, Manuela D'Ávila (PCdoB), Dilma e o governador do estado candidato à reeleição Fernando Pimentel levaram a campanha petista a Ouro Preto, Minas Gerais. Na cidade histórica, eles visitaram o Museu da Inconfidência, que retrata a história da Inconfidência Mineira e local onde estão depositados os restos mortais de Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes.

Kleyton Amorim/UOL
Campanha de Haddad e Dilma na cidade histórica de Ouro Preto (MG)

Em seguida, eles participaram de um comício na praça Tiradentes, principal ponto de encontro de Ouro Preto. Os arredores do local tiveram a segurança reforçada com grades de metal e policiais militares.

Precisamos "derrotar golpistas", diz Dilma

Em discurso, sem citar os nomes dos senadores tucanos Aécio Neves e Antonio Anastasia, Dilma Rousseff afirmou que os dois precisam ser derrotados nas eleições deste ano por sua participação no que ela classifica de "golpe de Estado" que a retirou da Presidência da República.

"Nós precisamos derrotar dois golpistas. Aquele que não soube perder eleição. Aquele se esconde. E o relator [Anastasia] teve a ousadia e, ao mesmo tempo, a covardia de defender um golpe que levou ao poder o usurpador do Michel Temer (MDB)", afirmou Dilma, durante discurso em Ouro Preto (MG), no começo da tarde desta sexta-feira.

"Não é vergonha perder eleição. Vergonha é dar golpe. É desonra", acrescentou. 

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