Do RS a PE, presidenciáveis intensificam campanha a 15 dias do 1º turno

Do UOL,

Em São Paulo

A 15 dias do primeiro turno das eleições, os candidatos que lideram as pesquisas de intensões de voto apostaram neste sábado (22) em realizar atividades de campanha de corpo a corpo com o eleitor. A maioria deles direcionou suas críticas a Jair Bolsonaro (PSL), que se recupera no hospital de um ataque a faca.

Fernando Haddad (PT) fez passeata no Recife (PE), de onde segue para Caruaru (PE), Petrolina (PE) e a Juazeiro (BA); Ciro Gomes (PDT) cumprimentou eleitores na maior favela de Belo Horizonte, onde deu entrevista para uma rádio local; Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em cidades do interior de São Paulo, acompanhado da sua vice, Ana Amélia. Marina Silva (Rede) tem agenda no Rio Grande do Sul.

O líder das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), recebeu alta na Unidade de Terapia Semi-Intensiva do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele foi esfaqueado há duas semanas durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Em postagem em rede social, afirmou hoje não se importar com o "país apenas em períodos eleitorais como oportunismo político habitual".

Confira as atividades de campanha dos candidatos a duas semanas das eleições:

Haddad (PT) faz nova passagem por PE, estado natal de Lula

Ricardo Stuckert/Divulgação
Fernando Haddad (PT), no Recife (PE)
Após atividades de campanha ao lado da candidata ao Senado pelo PT em Minas Gerais, Dilma Rousseff, o candidato do partido ao Planalto cumpriu agenda no Recife na manhã desde sábado (22). Fez caminhada no centro da capital pernambucana acompanhado da sua vice, Manuela D'Ávila (PCdoB), do senador Humberto Costa e do candidato a reeleição ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que conseguiu o apoio do PT após rivalizar com vereadora Marília Arraes (PT-PE).

Durante discurso, Haddad comentou declaração dada pelo candidato a vice de Jair Bolsonaro (PSL), general Antônio Hamilton Mourão, de que casa só com 'mãe e avó' é 'fábrica de desajustados'. "Não queremos revanchismo. O negro vai ser respeitado, a mulher vai ser respeita, o nordestino vai ser respeitado. Se a mulher cria os filhos sozinha, ela vai receber mais atenção e não menos. Se a avó cuida sozinha dos netos, ela vai receber a atenção do Lula de novo", disse.

A campanha de Bolsonaro diz que Mourão foi mal interpretado. Segundo seus aliados, ele se referia a casos onde o homem abandona a casa e a mulher acaba dando menos atenção aos filhos porque tem que trabalhar mais para o sustento da família. Nesse contexto, os filhos ficariam mais expostos a más influências.

Haddad substituiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial. Lula está preso desde abril após ser condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro.

"Nós não temos nenhum revanchismo, vamos lutar esses 15 dias para ir para o segundo turno e três semanas depois ganhar a eleição. Não para derrotar o Brasil, mas salvar o Brasil desse projeto", disse.

Depois do Recife, Haddad vai para Caruaru e Petrolina, agreste e sertão pernambucano respectivamente, e Juazeiro, na Bahia.

Ciro Gomes (PDT) faz caminhada em favela de Belo Horizonte

Luciana Amaral/UOL
Ciro Gomes (PDT), em Belo Horizonte (MG)
O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, fez campanha em Belo Horizonte na manhã deste sábado (22). Ele visitou o Aglomerado da Serra, maior favela da capital mineira, onde cumprimentou eleitores e deu entrevista a uma rádio local. A caminhada pelas ruas da maior favela de Belo Horizonte se deu sob um forte esquema de segurança, que incluiu a tropa de choque da Polícia Militar.

O pedetista voltou a associar o adversário Jair Bolsonaro (PSL) ao ditador alemão Adolf Hitler, se comparando a Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial que lutou contra o nazismo.

"O grande estadista do século 20, Winston Churchill, pagou o que estou pagando hoje, quando denunciava precocemente Hitler, nas preliminares do nazismo, que causou uma convulsão na humanidade e matou mais de 70 milhões de seres humanos pelo estigma do preconceito racial, contra gays e mulheres. Tudo o que está no discurso, na retórica e na prática do Bolsonaro e de seu grupo de SS [unidade militar que atuava como polícia política de Hitler]", declarou.

Ciro disse que o "pior membro" da "SS de Bolsonaro" é o candidato a vice-presidente na chapa, o general Hamilton Mourão.

Após passagem pelo Nordeste, Alckmin (PSDB) foca no interior de SP

Ciete Silvério /Divulgação
Geraldo Alckmin (PSDB), em Sorocaba (SP)
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) cumpriu atividades de campanha acompanhado da sua candidata a vice, Ana Amélia (PP-RS), no interior de São Paulo, na manhã deste sábado. Estagnado nas pesquisas, o presidenciável esteve nas cidades de Sorocaba, Piracicaba e Jundiaí, após passagem pelo Nordeste do país.

Em Sorocaba, Alckmin voltou a atacar o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, contrapondo-se às propostas econômicas ventiladas pelo seu assessor econômico, Paulo Guedes, principalmente a relacionada a alíquota única de Imposto de Renda, acusando Bolsonaro de privilegiar os ricos.

"Nós vamos corrigir a tabela do Imposto de Renda, não vamos ter alíquota única. Isso prejudica a classe média e também a população que precisa mais", afirmou.

Após as declarações de Guedes, Bolsonaro se manifestou em redes sociais afirmando ser contrário à recriação da CPMF. Sua campanha diz que Guedes foi mal interpretado.

Alckmin também fez diversas críticas a Ciro Gomes (PDT). "Tenho até apreço por ele, mas o Ciro Gomes disse que o culpado da crise é o [ex-presidente tucano] Fernando Henrique", afirmou Alckmin, rindo. "É inacreditável. O Ciro tem duas características. Uma é não gostar de São Paulo, sempre que pode fala mal de São Paulo. A outra, não tem espírito de justiça."

Marina Silva tem ato marcado em Porto Alegre (RS)

A candidata da Rede, Marina Silva, tem uma agenda de campanha marcada para as 16h, em Porto Alegre (RS). O seu candidato a vice, Eduardo Jorge (PV), vai acompanha-la. Ambos têm se dividido durante a campanha eleitoral na tentativa de angariar votos para a presidenciável, que tem enfrentado uma queda nas intenções de voto nas pesquisas.

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