Bolsonaro diz ter nomes qualificados em sua equipe

Do UOL, em São Paulo*

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    Bolsonaro diz esperar alta até fim deste mês

    Bolsonaro diz esperar alta até fim deste mês

O presidenciável à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) fez na manhã desta segunda-feira (24) uma postagem no Twitter dizendo que antes de qualquer resultado nas urnas, tem encontrado nomes qualificados para compor o seu time. "Na prática, é a garantia de uma equipe comprometida com interesses da nação e não com indicações de lideranças de partidos políticos, o que tem mantido o Brasil na lama nos últimos governos", diz o capitão da reserva.

O UOL revelou neste domingo (23) quem são os militares que estão por trás da candidatura de Bolsonaro. Em posições estratégicas na campanha, ao menos nove generais e um brigadeiro, todos da reserva das Forças Armadas, atuam em duas frentes: uma técnica, que elabora a plataforma de um eventual governo Bolsonaro, e uma política, onde trabalham como articuladores políticos do capitão reformado.

O grupo técnico, coordenado por três generais, um brigadeiro e um civil, é responsável por criar políticas de governo. Nas mãos deles, está a elaboração de diretrizes para as áreas de segurança pública, transportes e infraestrutura, aeroportos, educação, ciência e tecnologia. Eles se reúnem quase diariamente no Hotel Brasília Imperial, no Distrito Federal, e permanecem em contato via WhatsApp. Juntos, coordenam equipe de cerca de 30 técnicos civis que elaboram diretrizes para um eventual governo.

Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", Bolsonaro prepara um "Manifesto à Nação", no qual pretende se comprometer com os valores democráticos. Nesse documento, que está sendo finalizado, o presidenciável planeja fazer a defesa do ajuste fiscal e refutar as acusações de que é preconceituoso. O documento poderá ser divulgado em forma de texto ou vídeo, nas redes sociais, onde a sua campanha tem grande penetração.

A intenção é que o conteúdo tenha forte tom emocional e possa ser gravado ainda no quarto do hospital, onde o candidato se recupera da facada que recebeu no dia 6 deste mês, em Juiz de Fora (MG), durante agenda de campanha. A equipe de apoiadores gostaria de divulgar o manifesto "o quanto antes", mas Bolsonaro, que é quem dá a palavra final sobre tudo em sua campanha, ainda quer discuti-lo um pouco mais.

O documento está sendo elaborado a várias mãos e um dos temas centrais, de acordo com um dos auxiliares que participaram da discussão, é rebater acusações de que o capitão da reserva não tem compromisso com a democracia e que a sua chegada ao Palácio do Planalto represente um resquício de ditadura.

Em contrapartida, um grupo de intelectuais, juristas, artistas, esportistas, ativistas e empresários subscreveu um manifesto contra a candidatura do capitão da reserva. O documento, intitulado "Pela democracia, pelo Brasil", não indica apoio a nenhuma candidatura presidencial, mas afirma ser necessário um movimento democrático contra o projeto do candidato do PSL. (Com Estadão Conteúdo)

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