Filho de Bolsonaro confirma previsão de alta hospitalar para sexta-feira

Luís Adorno e Gustavo Maia

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

  • Reprodução/Twitter

    No domingo, Bolsonaro postou foto ao lado do assessor econômico Paulo Guedes

    No domingo, Bolsonaro postou foto ao lado do assessor econômico Paulo Guedes

Caso não haja nenhum agravamento no estado de saúde do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), os médicos do hospital Albert Einstein, localizado na zona sul de São Paulo, projetam conceder alta na próxima sexta-feira (28), nove dias antes do primeiro turno das eleições. Depois de ser liberado, Bolsonaro deve ir para sua casa no Rio de Janeiro.

"Se Deus quiser, sexta-feira está em casa. Da casa dele vai ser o quartel-general, de onde vai continuar dando suas ordens e bater o martelo sobre as decisões da campanha", disse Flávio Bolsonaro, um de seus filhos, após visitá-lo no hospital.

"Amanhã está previsto tirar o resto dos pontos na barriga", declarou. Questionado se havia a possibilidade de o candidato sair antes de sexta-feira, respondeu: "Ele evolui bem rápido, por ser do Exército, por ter se adaptado bem... Mas a previsão é de sexta-feira em casa, com a família".

Segundo o boletim médico desta segunda-feira, Bolsonaro continua evoluindo bem e apresenta boa aceitação à "dieta leve" determinada pela equipe médica. De acordo com a nota, que não traz previsão de alta, ele permanece "sem dor, sem febre ou sinais de infecção".

Na sexta-feira (21), Bolsonaro disse que previa receber alta até o fim deste mês. "Nunca me senti tão bem em toda a minha vida. Meu muito obrigado a todos vocês. Até o final do mês, se Deus quiser, estarei de alta, onde então juntos enfrentaremos o 7 de outubro, novo marco no rumo do nosso Brasil", afirmou o líder nas pesquisas.

A família aponta que, mesmo que ele seja liberado a nove dias do primeiro turno, o candidato não fará campanha nas ruas até o dia 7 de outubro, data do primeiro turno.

O candidato terá a orientação de repousar o máximo possível assim que deixar o hospital. Ele deve receber acompanhamento médico durante o repouso, nas próximas semanas.

Ainda não está definida a estratégia pós-alta, mas integrantes da campanha estão começando a se movimentar. Luciano Bivar, presidente de honra do PSL, diz que Bolsonaro deve continuar em campanha como tem feito desde o ataque: por meio das redes sociais.

"Vai ser ele através de vídeos e textos na internet, e a campanha, com a gente, nas ruas. Além do próprio povo, que pede a mudança no país em todo lugar que a gente vá", disse Bivar.

Nesta segunda-feira, Bolsonaro comemorou a marca de 3 milhões de seguidores no Instagram. Já no Twitter, postou mensagem dizendo que antes de qualquer resultado nas urnas, tem encontrado nomes qualificados para compor o seu time.

Família nega "racha"

Ao falar no hospital, Flávio Bolsonaro também negou que haja racha na campanha. "Está todo mundo vestindo a camisa do Brasil, não tem nada de campanha rachada. O melhor plano continua sendo o do Jair, porque está olhando para o futuro do Brasil. Não existe racha com Paulo Guedes ou [Hamilton] Mourão", declarou.

"Estamos pensando em ganhar no primeiro turno. Se houver segundo turno, vai ser uma possibilidade de expormos nossas propostas", declarou Flávio. Questionado sobre as condições financeiras para produzir conteúdo ao segundo turno, ele respondeu: "se nós chegamos até aqui do jeito que chegamos, isso não será um problema. Vamos fazer o melhor para vencer a eleição e tirar de vez por todas o PT do país".

Esfaqueado em 6 de setembro

Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo durante um ato de campanha em 6 de setembro deste ano na cidade de Juiz de Fora (MG).

Segundo a diretora técnica da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, Eunice Dantas, onde Bolsonaro foi socorrido, o candidato perdeu quase metade do sangue do corpo após o ataque.

Na manhã do dia seguinte ao ataque, Bolsonaro foi transferido para São Paulo. Desde então, o estado de saúde do candidato oscilou. Ele chegou a sair da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas voltou depois de uma cirurgia de emergência.

Na última semana, o estado de saúde de Bolsonaro se estabilizou. Ele passou a se alimentar via oral, está em um quarto e faz algumas caminhadas pelo hospital, acompanhado sempre da equipe médica.

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