Em debate, Alckmin e Boulos trocam acusações sobre merenda e invasões

Guilherme Mazieiro e Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

O candidato Guilherme Boulos (PSOL) criticou a estrutura das escolas estaduais de São Paulo e perguntou para Geraldo Alckmin (PSDB) "cadê o dinheiro da merenda?", em referência às investigações sobre desvio de comida em escolas Estado de São Paulo. A pergunta abriu o debate desta quarta-feira (26) entre candidatos à Presidência da República promovido por UOL, Folha e SBT.

Leia mais sobre o debate UOL/Folha/SBT:

O candidato do PSOL disse ainda que foi professor da rede sob gestão de Alckmin e que faltavam itens básicos como papel higiênico. O tucano respondeu que a educação paulista cresceu nos índices de avaliação e destacou que o estado tem as melhores universidades do país.

Disse ainda que a máfia da merenda foi desbaratada pelo governo e que sua gestão não teve responsabilidade sobre os crimes apurados. "Estelionatários foram punidos, nada a ver com o governo", declarou.

Boulos e Alckmin ainda trocaram acusações pessoais. O candidato do PSOL ironizou o apelido Santo, atribuído por delatores da Odebrecht a Alckmin no setor de propina da empresa. "Apesar de te chamarem assim, você não é nenhum santo. Você é o Sergio Cabral [ex-governador do Rio] que não tá preso", disse Boulos.

"Sempre trabalhei, não sou desocupado, não invadi propriedades", respondeu o tucano, referindo-se ao fato de Boulos ser líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Este é o quarto debate entre os presidenciáveis. Participaram também Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).

Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu porque está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele se recupera desde o último dia 6, quando foi esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

De acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (26), Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa, com 27% das intenções. Ele é seguido por Fernando Haddad (PT), com 21%, Ciro Gomes (PDT), com 12%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%, e Marina Silva (Rede), com 6%. A margem de erro é de dois ponto percentuais.

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