Marina admite contato com Ciro e Dias, mas diz não abrir mão de candidatura

Ana Carla Bermúdez

Do UOL, em Osasco (SP)

Ao conversar com jornalistas após o debate desta quarta-feira (26) entre presidenciáveis promovido por UOL, Folha e SBT, Marina Silva (Rede) voltou a dizer que os eleitores devem estar "atentos" para não escolher "entre a cruz e a espada" --"a cruz da corrupção do governo do PT e a espada do autoritarismo e do desrespeito à democracia".

"Nós podemos fazer a escolha de um país que seja politicamente democrático, socialmente justo, culturalmente diverso, ambientalmente sustentável e economicamente próspero", afirmou, dizendo que esta é a proposta de governo de sua chapa, que tem Eduardo Jorge (PV) como candidato a vice.

Leia mais sobre o debate UOL/Folha/SBT:

A entrevista da candidata foi interrompida pelo candidato a senador Eduardo Suplicy (PT), que pediu a "bênção" a Marina.

"Eu sempre digo, se eu ganhar você não vai sabotar o meu governo, não é?", respondeu a candidata, que durante o debate já havia feito um elogio público ao petista.

Perguntada se seus eleitores aceitariam uma eventual aliança de Marina com Alvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo), a candidata disse estar "fazendo um diálogo com aqueles que não foram pegos no doping da Lava Jato".

"Já conversei com o Ciro Gomes [PDT], já conversei com o Alvaro, e ainda não tinha conversado com o Amoêdo, não tem nenhum problema", afirmou. "Com os que não estão no doping da Lava Jato, dialogar não significa abrir mão das candidaturas, significa que após as eleições, quando ganhar, eu quero governar com os homens e mulheres de bem, que não são coniventes nem com o autoritarismo e nem com a corrupção".

Marina também reforçou sua afirmação de que o PT é responsável por o presidente Michel Temer estar hoje no governo. "Não existe eleição de vice. O vice não chega no palácio do Planalto assim, voando, como se fosse o Super-Homem", disse. Eduardo Jorge, que estava ao seu lado, concordou acenando com a cabeça. Temer foi vice de Dilma Rousseff (PT) nas duas eleições vencidas pela ex-presidente.

Ela também afirmou que o governo Dilma-Temer levou o Brasil "para o fundo do poço" e disse que o PT tenta "esconder" os seis anos dessa gestão, como se quisesse fazer um "apagão" na história.

Durante o debate, Marina travou uma troca de acusações com Fernando Haddad (PT) sobre quem era responsável pela chegada de Temer ao poder. Ela afirmou que a culpa era do PT, que se aliou ao MDB nos governos. O petista, por sua vez, culpou a oposição pelo impeachment de Dilma e disse que a candidata da Rede apoiou a saída da ex-presidente.

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