Eleições 2018

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O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PRP) descartou apoiar alguma candidatura no primeiro turno das eleições para o governo do Rio, caso não sejam aceitos os recursos aos quais pretende recorrer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e no STF (Supremo Tribunal Federal) em relação à decisão que o deixou inelegível nesta quinta-feira (27).

"Não flerto com nenhuma outra candidatura e nem pretendo entrar com recurso para nomear a minha vice como candidata. Ainda sou candidato ao governo", disse.

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Em entrevista concedida em sua casa, na zona sul do Rio, ao lado de quatro dos nove filhos e da mulher, a ex-governadora Rosinha, Garotinho voltou a se dizer vítima de uma perseguição que envolveria o Judiciário fluminense. "Denunciei o desembargador Luiz Zveiter, o ex-governador Sérgio Cabral e toda a corja que apoia o Eduardo Paes. Não tenho dúvidas de que esta decisão vai ser revertida", afirmou.

Para reaver a sua elegibilidade, a defesa de Garotinho pretende agir em duas frentes: um pedido de efeito suspensivo será encaminhado ao TSE para que a ação que acusa Garotinho por improbidade administrativa seja invalidada até o julgamento do mérito. Enquanto isso, uma outra ação será encaminhada ao STF para tratar de uma ação criminal já julgada, que o condena por acusações contra o juiz federal Marcelo Leonardo Tavares.

Garotinho questiona a validade das provas sob as quais os sete ministros do TSE basearam sua decisão. "O TSE julga em cima de provas já colhidas. Mas é importante que as pessoas entendam que essas provas foram colhidas sob influência da Justiça fluminense, que denunciei", afirmou.

Nome nas urnas

Garotinho reconheceu que, independentemente da decisão que o deixa fora da corrida pelo governo do Rio, a sua candidatura já sofre impacto político. "A decisão de hoje do TSE diz que não posso fazer campanha e nem participar dos debates. Se tenho 30 segundos nos programas eleitorais e estou vedado de participar, como posso negar que já estou sendo prejudicado?", disse.

Nesta sexta-feira (28), está previsto debate entre candidatos ao governo do Rio promovido pela TV Record. Também amanhã está registrada no TSE a divulgação de nova pesquisa Datafolha.

Garotinho disse que continuará publicando vídeos em suas redes sociais, mas negou que vá contrariar a decisão que o impede de pedir votos para si próprio. "Tenho os meus candidatos e o direito de me expressar", argumentou.

Ao lado de Rosinha e da filha Clarissa, ele diz que a tristeza só não é maior porque terá seu nome disponível nas urnas. "O cidadão de bem sabe em quem votar, percebe que sou vítima de um conluio que tenta favorecer Eduardo Paes", afirmou.

O candidato do DEM ao governo do Rio disse não ver a decisão do TRE com "alegria", mas que ela deve ser cumprida. "É uma decisão judicial. Eu não vejo com alegria, mas isso faz parte do processo eleitoral. Temos que seguir regras da legislação eleitoral, mas eu sempre torço para que a gente tenha uma boa disputa, que você vai ter adversários e que eles possam estar disputando a eleição", disse ele, por meio de nota.

Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira (25) aponta Garotinho empatado com o senador Romário (Podemos) no segundo lugar das intenções de votos, ambos com 16%. O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) aparece na liderança com 24%.