Eleições 2018

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O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, publicou hoje em suas redes um vídeo em que pede que as eleitoras participem dos atos contra o adversário Jair Bolsonaro (PSL) marcados para este sábado (29). As manifestações ocorrem em diversas cidades brasileiras e foram marcadas por meio do Facebook –em São Paulo, acontece no Largo da Batata (zona oeste); no Rio, na Cinelândia (centro).

O pedetista está fora de agendas de rua desde a última terça, quando sentiu um desconforto abdominal e precisou ser submetido a um procedimento de cauterização na próstata. A previsão de sua equipe era de que ele voltasse à ativa amanhã (29), mas Ciro antecipou o retorno e se reúne nesta tarde com mulheres que atuam em sua campanha.

No vídeo, o pedetista afirmou que a antecipação da retomada da agenda hoje foi decidida para "orientar a militância a reforçar o movimento histórico #EleNão", referência aos atos contra o adversário.

"Convoquei a reunião das mulheres maravilhosas [da campanha] que estão me ajudando para reforçar o movimento histórico que as mulheres brasileiras vão fazer para defender o Brasil do retrocesso, do preconceito, da violência, de apologista da tortura", afirmou. "O movimento "EleNão fará história no Brasil – todas as mulheres devem ir às praças, às ruas com cuidado", completa.

Todos e todas por um Brasil de paz, respeito às diferenças e tolerância. pic.twitter.com/

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— Ciro Gomes (@cirogomes) 28 de setembro de 2018

Conhecido pelo temperamento considerado explosivo – com xingamentos a autoridades e adversários como o próprio Bolsonaro --, Ciro sugeriu às mulheres que participarão do ato que tomem cuidado. "Se aparecer provocação, vocês evitem. Porque eles são loucos, não têm juízo, eles fazem apologia da violência de verdade - se protejam, saiam juntas, mas nada de medo", dissse. "Ele não. Todo mundo na rua", concluiu, repetindo o bordão de grupos feministas que têm divulgado o ato pelas redes sociais.

Ciro é o primeiro presidenciável a estimular eleitoras a participar do ato. Ontem, incorporou em seus vídeos de campanha na internet o "#EleNão". Um dia antes, o tucano Geraldo Alckmin, que busca atrair votos do candidato do PSL com apelos ao eleitorado feminino, usou a hashtag já no propaganda eleitoral na TV. Marina Silva (Rede) é outra que tem adotado o mote dos atos contra Bolsonaro, mas com o sugestivo "#ElaSim" em maior destaque – e com remissão a ela própria.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), as mulheres representam a maior fatia do eleitorado, com 52% do total dos eleitores.