Ataques do PSDB alimentam ódio e estão favorecendo o fascismo, diz Haddad
Nathan Lopes
Do UOL, em São Paulo
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André Penner - 12.set.2018/AP
Candidato do PT, Haddad fez críticas a ataques do PSDB na campanha eleitoral
O candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, criticou os ataques feitos pela campanha de seu adversário tucano, Geraldo Alckmin, na disputa pelo Planalto. Para o petista, os anúncios de Alckmin, porém, não estão favorecendo o PSDB, mas o fascismo.
"Todo ataque, nesse contexto, você alimenta o ódio, você vai alimentar o fascismo. E o que está acontecendo no Brasil. Quanto mais a gente alimenta ódio, mais o fascismo vai crescer", disse o petista, no dia seguinte à divulgação de nova pesquisa Ibope que mostra crescimento de Jair Bolsonaro (PSL). Haddad participou nesta terça-feira (2) de agenda no Rio.
Nos últimos dias, o PSDB tem aproveitado seus espaços no horário eleitoral para dizer que votar em Jair Bolsonaro é permitir a volta do PT à Presidência da República.
A campanha de Alckmin usa como argumento central o estímulo ao voto no tucano para tirar Haddad do segundo turno, alegando que o petista não conseguiria vencer o candidato do PSL. Bolsonaro e Haddad são os líderes na disputa, segundo as últimas pesquisas de intenção de voto. O primeiro turno da eleição acontece no próximo domingo, dia 7.
Questionado a respeito se a crítica sobre fascismo referia-se a Bolsonaro, Haddad disse "entenda como quiser". Para o petista, "parte expressiva da elite brasileira abandonou a social democracia pelo fascismo".
No primeiro turno, o Ibope aponta Bolsonaro com 31% das intenções de voto, enquanto Haddad chegaria a 21%.
Em um eventual segundo turno, os dois aparecem empatados com 42%. Brancos e nulos somam 14%. Não souberam ou não quiseram responder são 3%.
Tanto o candidato do PSL quanto o do PT são os nomes com maior nível de rejeição, segundo o Ibope. Bolsonaro chegou a 44% e Haddad tem 38%, após uma alta de 11 pontos do petista no período de cinco dias.
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