Bolsonaro afirma que, se eleito, não vai acabar com o Bolsa Família
Luís Adorno
Do UOL, em São Paulo
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Diego Vara/Reuters
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou na tarde desta quinta-feira (4), que não vai acabar com programas sociais como o Bolsa Família nem com o 13º salário dos trabalhadores. A afirmação ocorreu durante entrevista à rádio CBN Recife um dia depois de o candidato Fernando Haddad (PT) ter dito à Rádio Jornal, também de Pernambuco, que Bolsonaro acabaria com os benefícios.
"Primeiramente, o candidato Haddad, o que ele sabe fazer é caluniar", iniciou Bolsonaro durante a entrevista. "Sei que o senhor Haddad prega que vou acabar com o Bolsa Família. É um mentiroso. A cidade que mais tem nordestino é São Paulo. Peço aos amigos do Nordeste que liguem para os parentes de São Paulo e perguntem quem é Haddad", complementou.
Ontem, Haddad afirmou que o país está à beira de uma ameaça à democracia, direitos humanos e paz social, com Bolsonaro liderando as intenções de voto. "O Bolsonaro fala em cortar o 13º (salário), cortar o Bolsa Família, cobrar imposto de renda de quem ganha menos de cinco salários mínimos, que é o oposto do que estamos propondo", disse.
Sem citar o cargo e o nome de seu vice, Bolsonaro afirmou que a crítica que general Antônio Hamilton Mourão (PRTB) fez aos direitos trabalhistas foi interpretada de maneira equivocada e que seus oponentes estão usando o caso para espalhar notícias falsas. "Um assessor meu resolveu falar que a estrutura remuneratória é jabuticaba. Ele falou que devia ser mais enxuta. Não acabar", explicou.
"Inventam que vou criar CPMF, inclusive com o [candidato do PSDB, Geraldo] Alckmin fazendo dobradinha com Haddad. Nós vamos resgatar os valores familiares. Famílias serão respeitadas. Vamos parar com essa política de dividir. Nós vamos unir o Brasil, valorizar a mulher brasileira", complementou o candidato do PSL.
Bolsonaro e o Bolsa Família pic.twitter.com/
— BOLSONARO OPRESSOR (@Bopressor20) October 3, 2018
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