Da prisão, Lula diz que urna não é lugar de ódio e pede voto em Haddad

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/Facebook Lula

    Lula em vídeo divulgado pelo PT neste sábado (6)

    Lula em vídeo divulgado pelo PT neste sábado (6)

Na véspera do primeiro turno da eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou neste sábado (6) um recado da prisão no qual disse que "urna não é lugar para digitalizar ódio, mas sim esperança".

Lula também pediu votos no candidato petista à Presidência, Fernando Haddad, que o substituiu depois que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) barrou sua candidatura.

No total, foram divulgadas quatro mensagens de Lula entre sexta e sábado. Hoje cedo, o PT divulgou vídeo gravado pelo ex-presidente antes de ser preso, há quase seis meses, no qual o petista pede que os eleitores compareçam às urnas para defender o legado do "partido que mais fez política social neste país".

De noite, uma outra carta de Lula foi divulgada. Além de pedir votos em Haddad, o ex-presidente diz que a cada eleição os adversários do PT "inventam mentiras" contra o partido e que a família "foi mais do que respeitada" em seus governos.

Na sexta (5), Lula enviou um bilhete no qual lembrava que teve seu nascimento registrado no dia 6 de outubro e pediu "de presente no dia 7 de outubro" o voto dos brasileiros em Haddad.

Reprodução/Lula.com.br
Trecho do bilhete de Lula divulgado neste sábado (6)

As mensagens pré-gravadas ou enviadas por meio de bilhetes têm sido a forma de a campanha petista aproveitar a figura de Lula nesta reta final de primeiro turno, em que as pesquisas de intenção de voto mostram a candidatura de Haddad em um segundo lugar estável, mas distante do líder Jair Bolsonaro (PSL).

Nos últimos dias, houve uma batalha interna no STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito de um pedido da Folha de S. Paulo para entrevistar Lula na cadeia. O ministro Ricardo Lewandowski deu duas decisões favoráveis à realização da entrevista, enquanto os ministros Luiz Fux e Dias Toffoli foram no sentido contrário. Toffoli, que deu a última decisão e preside o Supremo, determinou a manutenção da proibição até a análise do caso pelo plenário da Corte.

Lula cumpre pena desde abril na sede da Polícia Federal em Curitiba. Ele foi condenado em segunda instância no chamado processo do tríplex, da Operação Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação levou o TSE a barrar sua candidatura a presidente com base na Lei da Ficha Limpa. A defesa de Lula afirma que não há provas dos crimes imputados ao ex-presidente.

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