Análise: Alckmin incorporou o que havia de pior na política e foi vexame

Do UOL, em São Paulo

A estratégia da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) foi criticada por Josias de Souza, colunista político do UOL. O candidato teve o maior tempo de TV e amargou a quarta colocação da corrida presidencial, com menos de 5% dos votos.

"O mais interessante do Alckmin é que ele valorizou muito a televisão, fez uma campanha absolutamente tradicional. Ele se aliou a dezenas de partidos para crescer o horário, incorporou o que havia de pior na política. E não surtiu efeito", analisou.

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Além da estratégia de TV, o palanque em São Paulo foi outro ponto criticado da campanha de Alckmin. Na eleição para governador, João Doria saiu candidato pelo PSDB e Márcio França, então vice de Alckmin no governo, saiu pelo PSB. Nenhum deles apoiou abertamente o ex-governador em suas campanhas.

"O erro capital para ele foi ter permitido a manutenção de dois palanques em São Paulo. Bagunçou completamente a campanha dele. Dois palanques e nenhum. Porque o Doria estava praticamente fazendo um jogo contra ele, e o França estava fazendo um jogo pró-Alckmin, mas não aparecia muito", continuou.

"Interessante que já tem muitos dos caciques do PSDB, pelo menos daqueles da velha guarda, achando o seguinte: para o bem da sobrevivência do partido, é bom que o Doria perca em São Paulo, porque o Doria é um predador político", completou o cientista político Cláudio Couto.

Geraldo Alckmin terminou a corrida presidencial na quarta colocação com pouco mais de 5 milhões de votos. Para Josias, qualquer resultado do tucano abaixo de 10% pode ser considerado "o vexame dos vexames".

No caso de João Doria, o tucano foi para o segundo turno com Marcio França, do PSB.

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