Partido de Cabo Daciolo, Patriota elege bancada de cinco deputados federais
Wanderley Preite SobrinhoDo UOL, em São Paulo
O partido Patriota, legenda do candidato derrotado à Presidência da República Cabo Daciolo, que terminou a disputa em sexto lugar, sai das eleições com cinco deputados federais eleitos.
Os candidatos Fred Costa e Doutor Frederico conquistaram uma vaga para o partido na Câmara dos Deputados por Minas Gerais. No Ceará, o eleito da legenda foi Junior Mano, Junior Marreca Filho ficou com uma cadeira pelo Maranhão e Pastor Eurico conseguiu se eleger em Pernambuco.
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Embora seja tratado como um novo partido, o Patriota existe desde 2012, quando se chamava PEN (Partido Ecológico Nacional). A renomeação foi autorizada pelo TSE (Tribunal Superior eleitoral) em abril deste ano, meses depois de o partido ganhar as manchetes por quase filiar o presidenciável Jair Bolsonaro, que acabou optando pelo PSL.
A mudança de nome foi aprovada ainda em 2017, como parte das negociações para atrair o capitão da reserva do Exército. O então PEN chegou a mudar o seu estatuto para atender as exigências de Bolsonaro: sua agenda ambiental foi substituída pela oposição ao aborto e à legalização das drogas, e em favor da redução da maioridade penal e da permissão para o uso de armas de fogo pela sociedade civil.
Negociação frustrada com Bolsonaro
Em 2014, o partido quis atrair Marina Silva, que ainda tentava viabilizar a legenda Rede Sustentabilidade, mas ela preferiu se filiar ao PSB e compor a chapa com Eduardo Campos (PSB), morto naquele ano após um acidente aéreo.
O PEN, então, embarcou na candidatura de Aécio Neves (PSDB), ocasião em que conseguiu emplacar dois deputados federais: André Fufuca e Júnior Marreca, ambos pelo Maranhão.
Depois da frustrada negociação com Bolsonaro, o partido ventilou a possibilidade de lançar o cirurgião plástico Dr. Rey como candidato a presidente em 2018, mas acabou optando pela candidatura do ex-bombeiro Daciolo, que terminou a campanha com mais de 1,3 milhão de votos, na sexta posição, e à frente de nomes como Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva e Alvaro Dias (Podemos).