Paes crê em conversão de votos de Witzel: "me sinto empatado"

Gabriel Sabóia

Do UOL, em Belford Roxo

  • Gabriel Sabóia/UOL

    08.out.2018 - Eduardo Paes fez caminhada em Belford Roxo nesta segunda-feira

    08.out.2018 - Eduardo Paes fez caminhada em Belford Roxo nesta segunda-feira

Depois de terminar o primeiro turno para o governo do Rio de Janeiro na segunda colocação, com 19,56% dos votos, Eduardo Paes (DEM) disse que não vê dificuldades em converter, no segundo turno, os votos que seu adversário, Wilson Witzel (PSC), que recebeu 41,28% dos votos --o ex-juiz federal superou Paes em mais de 1,6 milhão de votos.

"A matemática eleitoral dizia, há uma semana, que ele deveria obter mais de 1,5 milhão de votos para me ultrapassar e está aí o resultado. Sinto como a corrida estivesse zerada, como se estivesse empatado com ele. É claro que vou mirar nesses eleitores e em todos dispostos a ouvir propostas", disse o democrata nesta segunda-feira (8) em caminhada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

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Paes evitou subir o tom em relação ao adversário, como fez neste domingo (7), depois de concluída a apuração das urnas, quando chegou a dizer que Witzel "não sabe o que quer, nem o que é, nem tem realizações para mostrar".

Impedido pela legislação eleitoral de fazer campanha até as 17h desta segunda, Paes escolheu Belford Roxo para fazer uma "caminhada de agradecimento", conforme divulgado por sua equipe. Em conversa com eleitores, o democrata repetiu por diversas vezes. "Não posso dizer meu número, mas pergunta o meu número ao seu amigo que votou em mim e vota também. Olha onde eu vim agradecer na baixada."

Para que a caminhada não configurasse ato de campanha, bandeiras, adesivos e carros de som não foram utilizados. Durante todo o tempo, Paes esteve ao lado do deputado estadual reeleito Márcio Canella e do prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (ambos do MDB).

"Escolhi a baixada para este agradecimento público. Também pretendo ir ao interior até o final da semana para estar próximo dos eleitores. Essas regiões serão as minhas prioridades", disse.

Diálogo com a nova bancada da Alerj

Paes evitou comentar a nova composição da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), que passou a contar com 13 deputados estaduais do PSL, enquanto o MDB, aliado da sua coligação, perdeu espaço.

"Se for governador, pretendo dialogar, acima de tudo. Não estou me candidatando a CEO de uma empresa, mas a governante de um estado", se resumiu a dizer, sem comentar o resultado.

O candidato disse que ainda não conversou com adversários do primeiro turno para eventuais apoios. Paes disse também não ter conversas em andamento para declarar apoio a Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT) na disputa para a Presidência da República.

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