PSB declara apoio nacional a Haddad no 2º turno; SP e DF ficam neutros

Guilherme Mazieiro*

do UOL, em São Paulo

  • Pedro Ladeira/Folhapress

    Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB

    Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB

O PSB declarou nesta terça-feira (9) apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) à Presidência da República no segundo turno da eleição contra Jair Bolsonaro (PSL). Este é o terceiro partido a declarar apoio ao petista.

A legenda apenas permitiu neutralidade aos diretórios de São Paulo e Distrito Federal, em razão das peculiaridades locais - as duas unidades da federação terão disputas de segundo turno pelo governo.

A sigla se manteve neutra no primeiro turno, mas antes mesmo das eleições, em convenção nacional, proibiu qualquer partidário de apoiar Bolsonaro.

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A decisão da Executiva Nacional julgou que Haddad representa o "campo democrático" nessa disputa e avaliou que, com o impedimento de apoiar Bolsonaro no primeiro turno, seria incoerente apoiar o capitão da reserva agora.

O partido fundamenta seu apoio a Haddad dizendo que há "mais afinidades que divergências" entre o PSB e o PT e diz ainda ser obrigação da legenda apresentar ao candidato a ser apoiado a sua pauta programática, que tem como objetivo uma "revolução civilizatória" para o país.

A Executiva Nacional do PSB também aprovou uma lista de temas que, na avaliação da legenda, devem ser priorizados por Haddad em seu programa de governo. São eles:

  • Segurança pública;
  • Retomada da função planejamento nos âmbitos público e privado;
  • Investimentos massivos em ciência, tecnologia e inovação;
  • Recuperação e amplificação da infraestrutura;
  • Defesa das políticas sociais de Estado;
  • Universalização da educação de qualidade;
  • Ampliação da economia criativa e fortalecimento da micro e pequena empresa;
  • Aproveitamento do potencial energético;
  • Novo federalismo;
  • Pluralidade e diversidade.

O PSOL e o PPL já haviam declarado apoio ao presidenciável petista para o segundo turno. O PDT ainda estuda a possibilidade de migrar para o bloco.

Ao explicar a neutralidade de SP e DF, o presidente Carlos Siqueira afirmou que os dois candidatos socialistas que disputam os governos locais precisam de autonomia para definir suas estratégias de campanha.

"Temos confiança absoluta no companheiro Márcio França e no Rodrigo Rollemberg e que eles precisam ter liberdade para conduzir as suas campanhas e conquistar uma vitória nessas duas unidades importantíssimas do país. Nós confiamos plenamente em um e no outro e sabemos que eles tomarão a decisão mais correta", disse o presidente da sigla em declaração à imprensa.

Em São Paulo, o atual governador Márcio França disputa o cargo com João Doria (PSDB), cuja campanha reforça o antipetismo no estado. Já Rodrigo Rollemberg concorre contra Ibaneis (MDB).

Também nesta terça, França se declarou neutro na disputa presidencial. Durante visita a um hospital público de Osasco, na Grande São Paulo, o atual governador afirmou que a opção pela neutralidade equivale a uma posição "de diálogo". Na avaliação do candidato, o estado procurou fugir da polarização PT x PSDB neste ano.

* Colaborou Leonardo Martins

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