Doria chama expulsos do PSDB de "traidores" e elogia decisão da executiva

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

  • Henrique Barreto/Futura Press/Folhapress

    09.out.2018 - João Doria durante gravação de programa eleitoral no Jardim Europa

    09.out.2018 - João Doria durante gravação de programa eleitoral no Jardim Europa

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, elogiou, na manhã desta terça-feira (9), decisão da executiva municipal do partido de expulsar 17 membros, entre eles, o ex-governador Alberto Goldman e o secretário estadual de governo, Saulo de Castro. Doria os considerou "traidores".

"[Foi] Uma decisão acertada. A expulsão dos 17 traidores, aqueles que fizeram campanha para outros candidatos, está prevista no estatuto do partido. Trabalhou por outro candidato, utilizou propaganda de outro candidato, adesivo, camiseta, bandeira, é expulso. E vale para todos", afirmou o ex-prefeito da capital.

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De manhã, Goldman fez duras críticas a Doria nas rádios CBN e Jovem Pan. Entre elas, disse que Doria foi o pior prefeito de São Paulo, que não confia no candidato e que não respeita seu caráter.

A afirmação foi feita pouco antes de o candidato gravar um vídeo para a campanha, propondo rigidez na segurança pública, em frente a uma base móvel da PM (Polícia Militar), no Jardim Europa, zona oeste da capital. A base costuma ficar no local entre 11h e 13h, segundo os soldados que estavam nela. Eles não comentaram sobre Doria por risco de serem penalizados administrativamente.

Doria faz campanha em frente a base da PM

Durante a tarde, ele vai a Brasília para a reunião do Executivo nacional do partido, que vai avaliar um apoio a Jair Bolsonaro (PSL), a Fernando Haddad (PT) ou a isenção no segundo turno das eleições presidenciais. Apesar disso, Doria já vem declarando apoio a Bolsonaro, desde a noite de domingo (7).

"Precisamos ouvir a voz da população e estar preparados para estarmos mais próximos das pessoas humildes, sobretudo, das pessoas mais pobres. E obviamente temos de reavaliar o comportamento do próprio PSDB daqui para frente", afirmou Doria.

"Todos nós podemos errar. E há necessidade de rever posições e adequar posições. Neste segundo turno, nós temos que ir para a vitória", complementou. Segundo ele, se a posição do partido for diferente da dele, não vai rever seu posicionamento e também não pretende deixar a sigla. "Minha opinião está dada e será mantida."

Ontem, o senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que Bolsonaro não vai retribuir e apoiar Doria em São Paulo. O presidenciável, segundo Olímpio, vai se manter isento. "Não conversei com Bolsonaro e nem era preciso. Ela [apoio ao presidenciável] não foi feita por negociação, foi por opção contra o PT, contra Fernando Haddad, pelo Brasil", afirmou.

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