Após ameaçar Paes, Witzel nega ser arbitrário: 'nunca dei soco na rua'

Luis Kawaguti
Do UOL, em Belford Roxo
jose lucena/Futura Press/Folhapress
19.set.2018 - O candidato Wilson Witzel durante debate do SBT, UOL e Folha de S.Paulo

Após ameaçar de dar voz de prisão a Eduardo Paes (DEM) em debate pela campanha ao governo do Rio de Janeiro, o candidato Wilson Witzel (PSC) afirmou nesta quarta-feira (10) que nunca foi acusado de ser arbitrário em sua carreira de juiz federal.

"Nunca respondi a uma ação por abuso de autoridade, eu nunca dei soco em transeunte na rua, nunca dei carteirada, a minha vida pregressa é absolutamente limpa", disse o ex-juiz federal em agenda de campanha em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Witzel não fez referência direta a Paes, mas o ex-prefeito do Rio foi acusado em 2013 por um homem com quem teve uma discussão em um restaurante de lhe ter dado um soco.

No início da semana, o candidato do PSC acusou o adversário de divulgar notícias falsas e disse que poderia dar voz de prisão a ele se cometesse injúria em debate. Por sua vez, o democrata afirmou que Witzel deveria se habituar a ser inquirido e que não poderia governar como se estivesse emitindo ordens de dentro de uma sala de juiz.

"Eu tenho uma vida de 17 anos como juiz e, em nenhuma das minhas audiências, eu fui acusado de ser arbitrário", disse o candidato do PSC.

Em um vídeo divulgado em redes sociais, Paes afirmou que Witzel não deu voz de prisão a Romário (Podemos) quando ele o chamou de "frouxo" nem a Indio da Costa (PSD) quando o chamou de "mentiroso", ambos os casos em um debate antes do primeiro turno da votação.

Paes também disse que Anthony Garotinho (PRP) teria dito de Witzel teria oferecido "favores" na Justiça federal. "Mais uma vez eu não vi ele dando voz de prisão para ninguém. Não entendi, será que ele concordou com tudo que disseram?", disse Paes no vídeo.

Durante o ato de campanha nesta quarta, Witzel não comentou essas declarações.