Justiça pede exame de sanidade e suspende ação contra agressor de Bolsonaro

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

  • Reprodução/vídeo

    6.set.2018 - Adélio Bispo de Oliveira durante depoimento

    6.set.2018 - Adélio Bispo de Oliveira durante depoimento

O juiz da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), Bruno Savino, determinou que seja feito um novo exame psiquiátrico em Adélio Bispo, réu pela facada que desferiu no candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), em 6 de setembro, na cidade mineira. Com isso, o processo contra o agressor será suspenso por 45 dias, até que a perícia solicitada seja concluída.

Bispo responde por lesão corporal grave e pode ficar preso de 3 a 10 anos. Ele está preso preventivamente pela Polícia Federal em Campo Grande. Bolsonaro ficou 23 dias internado em São Paulo, no Hospital Albert Einstein, e se recupera em casa, no Rio de Janeiro.

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Em sua decisão, o juiz aceitou argumento da defesa que alegou haver dúvidas sobre a sanidade mental do agressor.

Adélio Bispo já foi submetido a um exame, a pedido da defesa, que apontou transtorno grave. Agora, o juiz Bruno Savino mandou abrir o chamado "incidente de insanidade", realizado por peritos e cujo objetivo é avaliar a sanidade do agressor.

A estratégia da defesa de Bispo é retirar as acusações do MPF (Ministério Público Federal) que o enquadram na Lei de Segurança Nacional, na qual foi indiciado pela Justiça Federal. Com isso, pretende tratar o caso como insanidade. Nesta hipótese, a pena não é cumprida na prisão, mas num manicômio judiciário. O período de pena também é inferior.

Adélio confessou o crime em depoimento à Polícia Federal. O delegado do caso, Rodrigo Morais, concluiu que ele agiu sozinho, por inconformismo político com as posições de Bolsonaro, e configurou a ação com base na Lei de Segurança Nacional.

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