Palocci será julgado pelo TRF4 quatro dias antes do segundo turno

Do UOL, em São Paulo

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O julgamento do recurso do ex-ministro Antonio Palocci, condenado no ano passado, em primeira instância, a 12 anos de prisão pelos crimes corrupção passiva e lavagem de dinheiro, entrou na pauta do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) do dia 24 de outubro, quatro dias antes do segundo turno.

O recurso foi liberado pelo revisor do processo na corte, o desembargador Leandro Paulsen, no último dia 4.

Palocci foi condenado sob acusação de ter recebido propina em contratos de fornecimento de sondas para a Petrobras firmados com à Odebrecht.

Duas semanas antes do primeiro turno, o juiz Sergio Moro, responsável pela condenação de Palocci e pelas ações da Lava Jato em primeira instância, liberou parte da delação premiada assinada com a PF (Polícia Federal) em que o ex-ministro faz acusações contra os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, além do próprio partido.

Segundo parte da delação cujo sigilo foi derrubado, Palocci afirmou que Lula decidiu manter nos cargos diretores da Petrobras após ter conhecimento de que eles estariam envolvidos em acusações de corrupção na estatal.

Ainda segundo a delação, Lula teria chamado Palocci para uma reunião no Palácio da Alvorada, em fevereiro de 2007, logo após a reeleição do petista para seu segundo mandato. No encontro, diz o ex-ministro, Lula teria, "bastante irritado", lhe informado que teve conhecimento de que os diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque estavam cometendo crimes na estatal.

Ao ser perguntado por Lula se as informações seriam verdadeiras, Palocci disse ter confirmado a prática de irregularidades nas diretorias da estatal. Duque e Paulo Roberto deixaram a Petrobras apenas em 2012, no primeiro governo Dilma Rousseff.

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