TSE nega 221 pedidos e manda tirar do ar uma postagem falsa sobre Haddad

Felipe Pontes

Da Agência Brasil, em Brasília

  • Rovena Rosa/ABR

    O candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) fala com a imprensa antes da reunião com a Executiva Nacional do PT, em São Paulo, na terça-feira (9)

    O candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) fala com a imprensa antes da reunião com a Executiva Nacional do PT, em São Paulo, na terça-feira (9)

O ministro Carlos Horbach, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), determinou que seja retirada da internet postagem com conteúdos falsos sobre o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad.

Porém, o pedido apresentado pela coligação O Povo Feliz de Novo, de Haddad, solicitava a retirada de 222 conteúdos do ar, espalhados por redes sociais como Twitter e Facebook, alegando que tais publicações seriam inverídicas, difamatórias e injuriantes, e quase todas foram negadas.

Horbach concedeu a retirada de apenas uma postagem, que para o ministro é manifestamente falsa e potencialmente lesiva à honra de Haddad. Na publicação, o candidato do PT é associado a uma suposta estratégia de disseminação de notícias inverídicas sobre o adversário Jair Bolsonaro (PSL). 

Em relação às demais postagens, Horbach considerou que estariam aptas a continuar no ar por serem uma expressão da opinião do eleitor, reproduções de matérias jornalísticas ou críticas à urna eletrônica.

"Tais conteúdos, por óbvio, não se enquadram entre aqueles cuja remoção é autorizada pela legislação eleitoral, o que faria com que a eventual concessão da liminar pleiteada consubstanciasse inconstitucional ato de censura", escreveu o ministro.

Em outra decisão anterior, ele havia determinado a retirada do ar de conteúdo disseminado nas redes sociais pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho de Jair Bolsonaro. Nas postagens, feitas no Facebook e no Twitter, o vereador diz que logo depois de uma visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, Haddad disse ter convidado Lula a subir a rampa do Palácio do Planalto junto com ele para a cerimônia de posse, caso vencesse a eleição. A publicação, no entanto, veicula um vídeo antigo, como se fosse recente, de Haddad fazendo a declaração.

"Ainda que o vídeo seja verdadeiro e contenha declarações reais de Fernando Haddad, sua utilização é descontextualizada, de modo a transmitir ao eleitor informação equivocada, induzindo-o a percepções potencialmente lesivas aos representantes", escreveu o ministro Carlos Horbach, do TSE.

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