'Todo mundo sabe que eleição para presidente está decidida', diz França
Flavio Costa
Do UOL, em Aparecida (SP)
-
Roosevelt Cássio/UOL
O candidato à reeleição ao governo paulista, Márcio França (PSB), afirmou na manhã desta sexta-feira (12) que a eleição para presidente da República está definida em favor de Jair Bolsonaro (PSL).
"Eu vou centrar a campanha em São Paulo, que é a eleição mais importante. A gente sabe que São Paulo tem que dar orientação ao Brasil, que é de juntar o país. Nós precisamos criar estabilidade. A eleição brasileira já está decidida, todo mundo sabe disso", disse França ao UOL ao responder sobre a estratégia para conquistar eleitores de Bolsonaro no estado (quase 12,4 milhões de votos no primeiro turno).
"O povo já fez seu julgamento. Ele já decidiu pela mudança. O povo votou de alguma forma contra o PSDB e contra o PT. E em São Paulo muito mais forte", acrescentou.
Leia mais:
O seu partido, PSB, decidiu apoiar nacionalmente Haddad, porém o liberou para optar pela "neutralidade". O adversário, João Doria (PSDB), já manifestou que apoia Bolsonaro.
França conversou com jornalistas na cidade de Aparecida, onde a acompanha a missa solene da festa de Nossa Senhora. O governador chegou de helicóptero ao santuário. Mais de 200 mil pessoas são esperadas para passar pelo local nesta sexta, durante a festividade religiosa.
Ao comentar sobre a estratégia de seu adversário, João Doria, que insiste em associá-lo ao PT, França afirmou que "as pessoas têm sensibilidade para diferenciar o que é falso e o que é verdadeiro".
França disse ainda que acredita que receberá apoio de setores descontentes do PSDB. "Acho que muita gente não fica com João Doria. É porque o perfil de João Doria não combina com Mário Covas [ex-governador paulista morto em 2001]. Ele não junta as pessoas."
"Existem ainda 20% dos eleitores que não me conhecem. Mais uma semana e a eleição em São Paulo estará definida em meu favor", afirmou.
Alguns populares perguntaram aos jornalistas que autoridade estava presente e ao ouvirem a palavra "governador", responderam "Alckmin?", em referência ao antecessor de França no cargo, que deixou o cargo para disputar a eleição presidencial.
Unidade
Durante sua homilia,o padre João Batista de Almeida disse que o momento do país exige união nacional.
"As famílias se separam, os partidos políticos se separam, mas Nossa Senhora traz a mensagem da unidade", disse o religioso, que exerce o cargo de reitor do santuário de Nossa Senhora de Aparecida.
"Os candidatos precisam desarmar os ânimos, pois a violência da campanha chegou a um nível de quase não-retorno", disse o padre em posterior entrevista ao UOL.